Telefônica tem lucro acumulado de R$ 7,4 bi no ano

Da Redação – 01.11.2018 –

Entre os resultados, está a receita de dados e serviços digitais, que cresceu 8,2%, e o de serviços de fibra até o cliente (FTTH), com incremento de 48,2% no período e recorde no trimestre, com quase 170 mil novos acessos

A Telefônica Brasil fecha o terceiro trimestre de 2018 com um lucro de R$ 3,9 bilhões, um aumento de 5,3% quando comparado com o mesmo período de 2017. Esse valor é anterior ao abatimento de juros, impostos, depreciação e amortização. O resultado, segundo a operadora, seria “reflexo da estratégia em focar em negócios de maior valor, como planos pós-pagos e expansão da rede de fibra, além das iniciativas de digitalização”. Com o resultado, a companhia acumula lucro líquido de R$ 7,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2018.

“Nossa estratégia está alinhada à transformação digital que tem revolucionado indústrias e sociedades. As iniciativas de digitalização e simplificação têm como objetivo oferecer uma experiência única e exclusiva aos nossos clientes, por meio de produtos de alto valor, como 4G+ e fibra, ao mesmo tempo em que elevamos nossa rentabilidade e geração de caixa” explica o Chief Financial Officer da Telefônica Brasil, David Melcon.

Operadora já teria investido R$ 6 bilhões nos primeiros noves meses 

Os investimentos da empresa subiram 9,4% no período, atingindo quase R$ 2,4 bilhões, representando 22,2% da Receita Líquida Operacional no trimestre. Os recursos foram concentrados, principalmente, na ampliação da rede de fibra – presente hoje em 104 cidades de 15 estados do país – e na maior cobertura e capacidade na tecnologia 4G e 4G+ (nome comercial da tecnologia 4.5G). Nos nove meses do ano, os investimentos somam mais de R$ 6 bilhões, o que representa 18,8% da Receita Operacional Líquida – aumento de dois pontos percentuais na comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a empresa, a rede móvel 4G atinge cerca de três mil municípios e a 4G+ chegaria a quase 900 cidades. O total de acessos móveis atingiu 74,4 milhões ao final do terceiro trimestre do ano, praticamente estável frente ao mesmo período do ano passado. Os acessos pós-pago apresentam crescimento consistente, alcançando 39,4 milhões de acessos, um aumento de 10,5% no período.

No mercado de Machine-to-Machine (M2M) a base de acessos segue crescendo e atinge 7,6 milhões de clientes em setembro de 2018, um crescimento de 30,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. A Telefônica Brasil também detém a liderança neste negócio, com market share de 42,5%, registrado em agosto de 2018.

Tecnologia TV por fibra é priorizada em detrimento da oferta por satélite (DTH)

Na rede fixa, a empresa incluiu 16 novos municípios na cobertura de fibra óptica e até o final deste ano serão mais de 25 entregues no total, incluindo novas capitais. O acelerado ritmo de expansão reflete nas receitas de FTTH que cresceram 48,2% no trimestre, e nos acessos, que subiram 45,4% em relação ao igual período anterior.

Do total da receita de banda larga, aproximadamente 70% se refere à receita de ultra banda larga, que apresentou crescimento de 28,5% no comparativo anual. O aumento acompanha o volume de acessos em ultra banda larga, que já representa 65,8% da base, com crescimento de aproximadamente 10%, impulsionado pelo nível recorde em adições líquidas em FTTH, que no trimestre chegou a quase 170 mil.

No mercado de TV por assinatura, a Telefônica mostrou um crescimento de 0,8% no comparativo anual, motivada pela estratégia mais seletiva para este serviço, com foco em produtos de maior valor, como IPTV. A decisão estratégica da companhia é não priorizar a tecnologia DTH (por satélite), focando na alternativa de IPTV (TV por fibra) que registrou aumento de 52,7% nos acessos.