Telefónica testa nova rede para áreas remotas na América Latina

Da Redação – 28.02.2018 –

Operadora adota infraestrutura de acesso aberta da Parallel Wireless para oferecer banda larga para comunidades isoladas

Já adotada em locais complexos como o Alasca, a tecnologia de rede de acesso aberto é a novidade tecnológica que o grupo espanhol está usando para conectar áreas remotas na América Latina. Desenvolvida pela Parallel Wireless, a Open RAN programável permite a habilitação de redes de nova geração, inclusive o 4G. Trata-se de uma infraestrutura de rede escolhida pela operadora para banda larga móvel e que faz parte da iniciativa “Internet Para Todos”.

Duas soluções estão sendo aplicadas no projeto piloto, a Converged Wireless System (CWS) e a HetNet Gateway (HNG). Vamos a elas: a CWS é uma estação rádio base construída com componentes prontos para uso, ou seja, descomplicada e que pode operar 3G e 4G. Já o HNG é “uma plataforma de software para operadoras que viabiliza a arquitetura da Open RAN, usando interfaces abertas, baseadas em padrão, entre componentes de rede”, define a Parallel. A meta do HNG seria simplificar a administração da rede e a integração de novos produtos de RAN no núcleo da infraestrutura.

Os dois recursos, em resumo, permitem o fornecimento de dados e de voz com tecnologias de 3G e 4G. Segundo a operadora espanhola, “o projeto-piloto confirmou a maturidade das tecnologias para fornecer uma conectividade custo-eficiente em áreas de baixa densidade, obtendo um crescimento de voz de 12% por mês e uma taxa de chamada bem-sucedida de 99% de Circuit Switch Fall Back (CSFB)”. No caso de dados, o tráfego 3G/4G teria se beneficiado do processamento inteligente de pacote para oferecer mais de 10GB diários.

“O sucesso desse projeto-piloto é uma prova de nosso compromisso de simplificar e reduzir os custos de nossas redes por rádio, usando soluções inovadoras”, resumiu o vice-presidente de Inovação de Rede da Telefónica, Patrick Lopez. De acordo com ele, a Internet Para Todos’ é um projeto destinado a conectar mais de 100 milhões de pessoas na América Latina e a rede aberta programável seria parte importante da solução.