Brasil é o Oriente Médio da biomassa, defende novo CEO da Thyssenkrupp

Da Redação – 20.05.2016 –

Novo CEO comanda mudança estratégica para diversificar mercado e desenvolver soluções para fontes alternativas de energia.

“O Brasil é o Oriente Médio da biomassa. Se há um lugar onde tecnologias que envolvam o aproveitamento da matéria orgânica podem dar certo, esse lugar é aqui”, essa é a avaliação de Paulo Alvarenga, novo CEO da área Industrial Solutions da Thyssenkrupp no Brasil e quem encabeça mudanças no modelo de negócios da companhia. Em suma, ele aposta no DNA de engenharia da empresa, que, por meio da área Industrial Technologies, decidiu promover processos tecnológicos que buscarão alternativas para suprir a demanda nacional por fontes alternativas e sustentáveis de energia.

Paulo Alvarenga, anteriormente vice-presidente de Business Development da Thyssenkrupp South América, tem agora como meta criar uma engineering power house integrada para projetos industriais. Assim, além de fortalecer a atuação nos setores já atendidos, como mineração e cimento, o objetivo é abrir portas em novos mercados.

Entre as tecnologias que compõe o portfólio da empresa, destacam-se a torrefação de biomassa e gaseificação, que permitem recuperar resíduos de processos produtivos. Alvarenga explica que a tecnologia de gaseificação, por exemplo, converte carvão em gás de síntese, que pode ser utilizado para geração de energia elétrica ou para a síntese de combustíveis químicos, fertilizantes, metanol ou gás natural substituto. A torrefação de biomassa (como resíduos florestais), por sua vez, pode produzir biocarvão, importante fonte de energia alternativa.

Outras soluções que a Thyssenkrupp pretende oferecer ao mercado brasileiro envolvem plantas de fertilizantes e processos em biotecnologia para a produção industrial de bioquímicos a partir de açúcares, como alternativas aos derivados de petróleo.