Transporte público pode ser mais saudável do que se pensa

Redação – 09.04.2019 –

Avaliação é da Associação Internacional de Transporte Público (UITP)

Rua de Jerusalém combina transporte público (VLT) com estrutura para pedestres 

Pode parecer difícil para quem enfrenta a realidade do transporte público nas grandes cidades brasileiras, mas ele pode ser até mais saudável do que imaginamos. Na verdade, ele deveria ser a solução e não o gargalo das metrópoles. O argumento é da UITP, entidade internacional focada no tema. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, mostram que nove de dez pessoas respiram um ar poluído no mundo e sete milhões morrem disso a cada ano. A solução: descarbonizar o setor de mobilidade urbana.

Para a UITP, deveria haver uma migração do transporte privado – veículos que transportam uma pessoa só, entre eles – para um sistema público sustentável, combinado com caminhadas e ciclismo. Os benefícios incluem desde a menor poluição do ar até o aumento de atividades físicas, além da redução de acidentes de trânsito. É preciso, no entanto, ter uma infraestrutura urbana apropriada. A OMS avalia que cidades equipadas com esse tipo de estrutura podem ter uma população com maior expectativa de vida.

Para a UITP, combinação de viagem ativa e transporte público é interessante porque envolve jornadas de caminhadas entre as estações de embarque e desembarque, que são bem mais saudáveis que a experiência sedentária de dirigir um carro. O planejamento urbano que determine áreas seguras para os pedestres é fundamental, inclusive a previsão de etapas de caminhadas como opção de transporte.