Vendas de imóveis crescem 10,5% no trimestre, superando índices pré-pandemia

Redação – 08.09.2020 –

Pelo informe da Associação Brasileira de Incorporadoras imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis estão superando os impactos da pandemia. Em junho, o número de unidades vendidas pelas incorporadoras associadas à entidade foi de mais de 12,7 mil, o que significa aumento de 25% em relação ao mesmo mês em 2019.

“Os números mostram que o setor mantém o ritmo positivo, apesar do impacto da pandemia. Acreditamos que as incorporadoras voltarão em breve ao nível de lançamentos, aumentando investimentos em novos empreendimentos e gerando mais empregos”, diz Luiz Antonio França, presidente da Abrainc.

No acumulado do segundo trimestre, período mais intenso da pandemia, as vendas de novos imóveis cresceram 10,5% na comparação com o intervalo abril-maio-junho de 2019. Foram comercializadas mais de 31,6 mil unidades.

Outro resultado positiva do período envolveu as vendas líquidas, que excluem distratos realizados. Houve aumento de 19,3% no mês de junho e de 9% no segundo trimestre.

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, 120,6 mil unidades comercializadas pela incorporação representaram um aumento de 4,6% em relação ao volume lançado nos 12 meses anteriores. As vendas líquidas cresceram 9,2% no acumulado dos últimos 12 meses.

A incerteza do cenário econômico impactou os novos lançamentos, na visão da Abrainc e por isso foram 17,9 mil unidades lançadas no segundo trimestre, o que representa queda de 33,4% na comparação com igual período do ano passado. Enquanto o total de unidades lançadas nos 12 meses encerrados em junho foi de 102,5 mil nos 12 meses encerrados em junho, após um leve declínio de 1,9% frente aos 12 meses anteriores.

O presidente da Abrainc observa que a pandemia travou processos de licenciamento, prejudicando lançamentos. “O isolamento social adotado pelas prefeituras para minimizar o contágio de servidores pelo novo coronavírus reduziu a capacidade de análise de pedidos de licenças. Identificamos pelos menos 20 projetos imobiliários com o licenciamento prejudicado nesse contexto”, conclui.