Obras da nova fábrica da Klabin economizam R$ 450 mil com terraplanagem high-tech

Por Rodrigo Conceição Santos – 10.06.2015 – Sistema de georeferenciamento e telemetria da Case instalado em motoniveladora, trator de esteiras e escavadeira ainda aumentou a produtividade em 63%. A construção da nova unidade fabril da fabricante de celulose Klabin deve ser concluída em 2016 e deve receber investimentos diretos de cerca de R$ 5,8 bilhões. […]

Por Redação

em 10 de Junho de 2015

Por Rodrigo Conceição Santos – 10.06.2015 –

Sistema de georeferenciamento e telemetria da Case instalado em motoniveladora, trator de esteiras e escavadeira ainda aumentou a produtividade em 63%.

CaseA construção da nova unidade fabril da fabricante de celulose Klabin deve ser concluída em 2016 e deve receber investimentos diretos de cerca de R$ 5,8 bilhões. A fábrica terá capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose e o montante investido – que se acrescidos gastos com melhoria de infraestrutura e impostos a recuperar sobe para R$ 7,2 bi – pode ser menor.

Isso porque a JMalucelli Construtora, responsável pelas obras de terraplanagem, adotou sistema de georeferenciado e de telemetria para motoniveladoras, tratores e escavadeiras, com o qual tem conseguido reduzir custos superiores a R$ 450 mil anualmente.

Segundo Carlos França, gerente de marketing da Case Construction (fabricante das motoniveladoras e implementador da telemetria), a economia foi gerada principalmente pela redução de pessoal trabalhando, caso dos greidistas para motoniveladoras, que deixaram de ser necessários porque o sistema permite controlar todo o curso do trajeto diretamente da cabine do equipamento. “Também foi reduzida a equipe de topografia, pois o próprio SiteControl faz boa parte desse trabalho, calculando a profundidade do corte automaticamente. Tudo isso usando como referência o plano gerado pelo nível do laser rotativo”, diz.

Na conta da construtora JMalucelli, os R$ 450 mil economizados são somados ao aumento de 63% de produtividade. O cálculo foi que três greidistas custariam R$ 72 mil/ano, e a equipe topográfica teve custo estimado em R$ 283 mil/ano. Ainda foi considerada a redução da hora produtiva dos equipamentos, com ganho de quase R$ 100 mil ao ano. A hora produtiva leva em conta a depreciação da máquina, juros, desgaste de pneus, consumo de combustível, lubrificação, operador e manutenção no geral.

Explicando tecnicamente, no caso dos tratores de esteiras, Carlos França esclarece que a automatização do controle da lâmina, por exemplo, confere qualidade maior para cada passada da máquina pelo terreno, retirando e distribuindo o material de forma mais eficiente. “Uma camada inferior bem preparada na terraplanagem, permite uma economia de material na camada posterior que irá impactar no custo da obra, uma vez que os materiais mais caros são espalhados sem desperdício”.

Tecnologia
O SiteControl é desenvolvido pela Leica GeoSystem – parceira tecnológica tanto da Case quanto da New Holland Construction (duas empresas do grupo Fiat). O, sistema, aliás, é o mesmo adotado pelas duas fabricantes, com a diferença de que a New Holland oferece georeferenciamento em segunda e terceira dimensão e a Case só oferece o mais simples.

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New Holland incorpora telemetria e georeferenciamento aos lançamentos de trator e escavadeiras

No caso da New Holland, o sistema custa mais de 10% do valor da máquina (para os novos tratores de 21 toneladas, por exemplo, sai por cerca de R$ 130 mil, e para a escavadeira de 24 toneladas cerca de R$ 90 mil).

Rafael Barbosa, especialista de produto da New Holland, explica que a tecnologia se baseia na instalação de torres com medidores de primeira, segunda ou terceira dimensão para controlar os movimentos da máquina e, assim, permitir a programação prévia de angulação para trabalho preciso de terraplanagem.

A precisão existe e a prova ocorreu num teste de campo da New Holland, onde o InfraROI conferiu no mês passado e no qual a concha do equipamento ficou com as garras no chão. Um técnico marcou a posição de um dos dentes (ferramenta de penetração de solo) e o operador levantou a concha. Depois fez uma giro de 360 graus com a escavadeira e desceu o braço e a concha novamente, mostrando posição exatamente igual à primeira. Ou seja, em cima de uma bexiga, que estourou. Detalhe: tudo isso aconteceu com a cabine coberta por uma lona, de modo que o operador fez o processo todo olhando somente para as informações georeferenciadas no computador de bord.