Redação – 04.06.2021 – A American Tower e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) firmaram parceria para a implementação de projetos internet das coisas (IoT)no agronegócio. A parceria tem como base os desenvolvimentos da universidade para o projeto-piloto “Campo Conectado”, no âmbito do programa “Pilotos IoT”, do BNDES, com apoio do Banco e de empresas parceiras.
O projeto piloto teve início em uma fazenda do Mato Grosso para implementar um sistema de gestão para o ambiente rural com adoção de tecnologias para agricultura de precisão e irrigação com taxas variáveis. Os objetivos finais são o aumento da eficiência e a produtividade sustentável.
Nesse caso, sistemas inteligentes, como microestações climáticas e sensores de solo, coletam informações como variáveis de clima (força e direção do vento, umidade, pressão, índices pluviométricos) e solo (umidade, pH, presença de elementos químicos) e as enviam pela internet para otimizar tomadas de decisão e automação do sistema de irrigação.
Rede neutra cumpre a cobertura em raio de 10 km
Nesse caso, a American Tower habilitou a cobertura por meio de uma estação LoRaWAN autônoma, alimentada com energia solar e com transmissão para a internet via satélite. Além de autônoma, a estação também funciona como uma extensão da rede neutra IoT LoRaWANl, ou seja, ela está integrada de forma transparente com a cobertura presente no restante do país e possibilita cobertura LoRaWAN em locais desatendidos.
Em outro caso de uso na mesma fazenda, serão transmitidas informações para a gestão de ativos e maquinário agrícola. “Ao propor essa cobertura estendida por meio da estação autônoma, além de trabalhar com energia limpa, provida por placas solares, a conectividade de backhaul, via satélite, permite que a solução seja implementada em áreas remotas, onde não existem outras formas de comunicação com a internet. Essa é uma das principais características da tecnologia LoRaWAN, pois, por meio de uma implantação simples e rápida, é possível atingir um raio de cobertura de mais de 10Km com uma única estação”, diz Daniel Laper, diretor de novos negócios e IoT da American Tower.
Falta de chips pode ameaçar mercado de IoT
“A parceria com a American Tower neste projeto de Internet das Coisas habilita a cobertura necessária para possibilitar a comunicação de dados de sensores, atuadores e outros equipamentos”, diz Marlene Sabino Pontes, coordenadora do projeto Campo Conectado pela PUC-Rio. Segundo ela, o uso da infraestrutura de rede LoRaWAN da American Tower permitirá introduzir soluções e aplicações de monitoramento de sensores em finalidades diversas nesse programa piloto.
Ecossistema IoT otimizado em várias frentes
A solução conjunta deve permitir ainda observar a atuação em termos de configurações de dados e oportunidades de transmissão, de integração na rede, gerência de operação, de segurança de acesso lógico e acesso físico. “A implementação prática voltada ao ambiente agrícola, nesse projeto, ampliará o estudo das soluções e trará benefícios para a integração do ecossistema de Internet das Coisas, que poderá impulsionar a adoção de IoT no Brasil”, prevê ela.
Segundo a American Tower, o seu modelo de rede neutra, com a tecnologia LoRaWAN, está presente em mais de 265 cidades no país, sendo que o ecossistema de IoT, que orbita a rede, cumpre a função de facilitar a conexão entre parceiros que possuem demandas e necessidades e os que têm soluções, gerando negócios para toda a cadeia.