Redação – 01.10.2021 – Pesquisa da McKinsey responde e mostra que adaptação cultural, igualdade de condições para promoções de cargos e incentivos a novos talentos femininos são algumas das formas
As mulheres representam até 17% da força de trabalho da mineração mundial. Em cargos de liderança, o índice é menor: apenas 13%. Segundo a McKinsey & Company, autora da pesquisa “Why woman are leaving the mining industry and what minint companies can do about it”, que expôs esses dados em abril de 2021, a mineração ainda é a “retardatária dos retardatários” na inclusão da força feminina de trabalho. E isso é um problema, pois as empresas com maior equidade de gênero comprovaram ser mais resilientes, rentáveis, produtivas e seguras.
Por isso, mais do que levantar o problema, que é grande (das 500 maiores empresas cotadas na bolsa de valores Nasdaq [S&P 500], apenas 30 têm uma CEO mulher, e nenhuma dessas é da mineração), a McKinsey se dedicou a apontar como as empresas devem atrair, e reter, os talentos femininos.
Cultura, oportunidades e outros ajustes
A primeira constatação é a questão cultural. As mulheres têm dificuldade de se adaptar culturalmente ao universo masculino da mineração. “É preciso um grande esforço para ser [todo dia] a diversa da mesa”, resumiu uma respondente da pesquisa. A declaração dela exemplifica a constatação de que é duas vezes mais difícil para as mulheres se adaptarem à cultura da indústria da mineração do que aos homens (esse problema foi apontado por 23% dos homens e 44% das mulheres que responderam a pesquisa).
As empresas de mineração também não estão promovendo as mulheres, e isso é evidente pela escassa presença feminina em funções de gerenciamento sênior. Segundo a McKinsey, 44% das mulheres respondentes sentiram que não receberam oportunidades iguais de promoção. Além disso, faltam patrocínios para o desenvolvimento de novos talentos femininos, e isso é um problema apontado por 45% das participantes da pesquisa, pois limita a preparação da força inicial de trabalho feminino.
A pesquisa avaliou a representação feminina na mineração em três dimensões: recrutamento, retenção e promoção das mulheres nas empresas. Ao todo, mais de mil pessoas da indústria de mineração, espalhadas por 52 países dos cinco continentes, responderam às questões.