Ceará foca em projetos de hidrogênio verde e pode gerar US$ 8,3 bi em investimentos

Redação (com informações da Seinfra/CE) – 15.10.2021 – Governo estadual fechou memorandos de cooperação para implementar usinas, além de planejar o uso de transporte público abastecido com esta fonte de energia  Em uma estratégia de produzir hidrogênio verde e transformar o Ceará em uma referência em energia limpa, o governo do estado vem desenvolvendo parcerias […]

Por Redação

em 15 de Outubro de 2021
Redação (com informações da Seinfra/CE) – 15.10.2021 – Governo estadual fechou memorandos de cooperação para implementar usinas, além de planejar o uso de transporte público abastecido com esta fonte de energia 

Em uma estratégia de produzir hidrogênio verde e transformar o Ceará em uma referência em energia limpa, o governo do estado vem desenvolvendo parcerias com empresas em 2021. Desde fevereiro, quando criou o hub de Hidrogênio Verde no Estado, em uma ação em parceria com Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém (CIPP S/A), o governo já assinou quatro memorandos de cooperação. A perspectiva é de que possam ser gerados mais de US$ 8,3 bilhões em investimentos no estado com os seguintes projetos: 

  • Fortescue Future Industries Pty Ltd (FFI): Com investimento de US$ 6 bilhões, a usina de hidrogênio verde será instalada no Complexo do Pecém com expectativa de gerar 2,5 mil postos de trabalho durante a sua instalação e cerca de 800 empregos quando a empresa estiver em operação, a partir de 2025. 
  • Qair Brasil: Já desenvolve planta de produção de hidrogênio verde com energia elétrica gerada através do Complexo Eólico Marítimo Dragão do Mar e de um parque de energia eólica offshore (dentro do mar). O investimento total previsto é de US$ 6,95 bilhões, com geração de 2 mil empregos durante a construção das plantas e 600 empregos diretos quando da plena operação dos projetos. Com isso, a empresa multinacional com sede no Ceará está envolvida no projeto que, a partir de 2023, produzirá, armazenará, transportará e comercializará o hidrogênio verde. 
  • Enegix: Tem como missão facilitar a mudança das sociedades através do hidrogênio verde, permitindo energia renovável e estável e conectividade da infraestrutura central com serviços públicos e comunidade. Sua visão é ser o líder global em geração de energia verde, identificando e garantindo fontes de energias renováveis de grande escala e econômicas. O memorando de entendimento prevê um investimento no Ceará de US$ 5,4 bilhões de dólares. 
  • White Martins: Assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Complexo do Pecém este mês para oficializar seu interesse em participar do hub de Hidrogênio Verde. A parceria pretende estabelecer e desenvolver as potencialidades da produção local, voltada prioritariamente à exportação para a Europa. Com a assinatura do MoU, o Complexo do Pecém prestará o suporte para mapear novas oportunidades de negócios para a produção e o fornecimento de Hidrogênio pela Verde pela White Martins. 

Outros projetos

Já em 1º de setembro, a EDP do Brasil assinou com o Governo do Ceará a garantia de instalar o projeto piloto para implantação de uma usina de hidrogênio verde no Pecém, a primeira do Ceará, com capacidade de produção de 250 Nm3/h de gás. Sua operação deve ser iniciada já em dezembro de 2022, atraindo um total de R$ 41,9 milhões de investimento. 

Além disso, um Memorando de Entendimento foi assinado entre o Governo do Ceará e a Neoenergia, empresa controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, no dia 20 de setembro. A intenção é implementar um projeto de mobilidade urbana com utilização de veículos para transporte público movidos à hidrogênio verde. 

No projeto “Corredor Verde”, Fortaleza será a primeira cidade no Brasil a utilizar hidrogênio verde em mobilidade urbana, com a utilização de Ônibus fuel cell. O projeto piloto será feito em Fortaleza, e a meta é chegar a 18 pontos de abastecimento de energia limpa. Depois o projeto será ampliado para 70 municípios, sendo seis Capitais nordestinas, atendendo um total de 66% dos Estados do Nordeste para beneficiar até 37 milhões de pessoas.