Custo da energia no mercado livre pode ser até 30% menor que no regulado

Redação – 08.05.2024 – Empresas que utilizam alta tensão já podem aderir ao mercado livre de energia para reduzir custos na conta de luz

O Mercado Livre de Energia, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), tem registrado uma alta procura no Brasil devido ao seu custo. Essa é uma modalidade onde grandes empresas ou consórcios de pequenas e médias empresas podem negociar diretamente com geradores ou comercializadores a compra de energia elétrica.

A principal vantagem é a economia de até 30% na conta de luz, independente da variação de consumo ao longo do ano, segundo a Power Mais Energia Fotovoltaica. O valor é obtido quando comparado com o Ambiente de Contratação Regulada (ACR).

Desde janeiro deste ano, empresas que se enquadram no grupo A, que são as que utilizam alta tensão, como indústrias e comércios de grande porte, que precisam de uma voltagem acima de 2,3 quilovolts (kV), podem aderir ao mercado livre. De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), esse setor é responsável por 30% da energia consumida no país.

Os dados do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mostram que o Mercado Livre de Energia registrou um aumento de 5% em sua procura em janeiro deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2023.

Ainda segundo a CCEE, a produção de energia solar no Brasil, principal fonte do ACL, encerrou janeiro com 2.945 megawatts médios, volume 52,4% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a CCEE, a matriz energética do país conta hoje com 425 empreendimentos solares conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN, que juntos somam uma capacidade instalada de 12.167 megawatts, quase a potência da usina de Itaipu, uma das maiores do planeta.