Redação – 17.04.2023 – Em evento, ministro Jader Filho disse que a meta é construir 2 milhões de unidades habitacionais nos próximos quatro anos
O governo federal trabalha para aumentar o acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida com medidas para zerar o valor de entrada para a Faixa 1, voltado para a população de mais baixa renda. Em participação no 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), o ministro das Cidades, Jader Filho, considerou esse um dos principais problemas que impedem que pessoas acessem o FGTS para obter financiamento para a compra da casa própria.
O ministro afirmou que há conversas com a Caixa e com a direção do FGTS para, entre as medidas, diminuir a taxa de juros para as regiões mais pobres, aumentar o número de parcelas e aumentar o subsídio, para diminuir o valor da entrada. “Esse é o grande problema. As pessoas já pagam aluguel e é com esse aluguel que vão pagar a casa”, disse Jader Filho.
O ministro afirmou que tem se reunido com governadores e prefeitos nesse sentido de buscar parcerias para combater o déficit habitacional do País. Segundo ele, a soma permite ampliar o resultado. “Vamos zerar a entrada das pessoas, ampliando o número de pessoas que podem acessar os financiamentos e aquecendo a economia”, continuou.
Jader Filho disse que a meta é construir 2 milhões de unidades habitacionais nos próximos quatro anos e, dessa forma, pontuou o ministro, há a possibilidade de criar mais 1 milhão de empregos diretos e indiretos. “O governo do presidente Lula enxerga em vocês um dos principais motores para a geração de empregos e renda neste país”, disse o ministro, referindo-se aos presentes no encontro.
Parceria com estados e municípios
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, ressaltou a necessidade de parcerias com estados e municípios para o programa Minha Casa, Minha Vida. “Há uma convicção do governo de que só é possível falar de desenvolvimento, de criação de riqueza, se tivermos estruturalmente os mais pobres nessa equação”, afirmou. Ela afirmou que o aprendizado dos primeiros programas servirá para ajustes e tornar o programa habitacional uma estratégia permanente no país.
O governador do Paraná relatou a experiência no estado de criar projeto habitacional durante o período da pandemia de Covid como forma de enfrentar as dificuldades econômicas e o desemprego que poderia acontecer em massa. “O que gera o emprego rápido é a construção. Ela é uma locomotiva muito rápida de fazer rodar, de gerar empregos”, disse. Segundo ele, o projeto saiu em uma parceria entre prefeituras, estado e Caixa, com parte das 40 mil casas já entregues. Ele disse que a continuidade do projeto habitacional usará recursos também da loteria do estado.
Fonte: CBIC