Boston sitiada: ninguém passará às escuras!

Da Redação (*)- 03.06.2016 – 

Cidade tem demanda de gás e energia totalmente mapeada, em suas 92 mil residências; Desenvolvimento do MIT está em fase de validação e promete ajudar os gestores municipais no atingimento de metas climáticas e aumento da resiliência em cidades inteiras.

Modelo de energia de Boston. Foto: MITNews
Modelo de energia de Boston. Foto: MITNews

Boston agora tem com um novo ajudante na hora de planejar ações públicas voltadas à eficiência energética. Trata-se de um modelo de consumo de energia para os prédios da cidade. Criado por duas instituições de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology – MIT Sustainable Design Lab e MIT Lincoln Laboratory -, em parceria com o Boston Development Authority, a agência de planejamento urbano e econômico de Boston permite calcular a demanda de gases e eletricidade de cada um dos 92 mil edifícios do município para cada dia e hora do ano.

O modelo foi criado como parte integrante do Estudo de Energia Boston Community, encomendado pelos gestores da cidade para compreender melhor o potencial das soluções energéticas existentes, como cogeração e armazenamento de baterias. Além disso, o estudo pretende identificar oportunidades de implementação de projetos que poderiam reduzir custos e emissão de gases poluentes na atmosfera.

Uma base de informações sobre a geografia e propriedades de Boston também foi utilizada para a criação do sistema. Assim, os pesquisadores identificaram quais regiões seriam melhor atendidas por processos alternativos, como energia solar e bombas geotérmicas de calor. “Se você tem um edifício que consome uma grande quantidade de energia em horários específicos, é interessante ter outros prédios a sua volta para que eles usem esse calor residual”, explica Carlos Cerezo, integrante do MIT Sustainable Design Lab.

Para ele, o modelo energético nasce num momento em que todas as cidades possuem metas de eficiência a longo prazo, mas que não sabem exatamente como se planejar. “Com a tecnologia, as cidades ganharão um mapa para ajuda-las a atingir as metas que estabeleceram”, comenta, alegando que outras cidades com práticas de construção parecidas com as de Boston poderiam trabalhar tranquilamente com o projeto desenvolvido.

Depois de feita a simulação do consumo de energia dos edifícios, o projeto passa agora por validação, momento no qual se compara os dados da simulação com as informações reais e atuais de consumo.

* Com informações do MIT News