RGE identifica 1 irregularidade em cada 4 inspeções de sua rede

Redação – 18.02.2019 –

Concessionária do grupo CPFL realizou 126 mil inspeções no ano passado

A RGE liberou o balanço oficial das inspeções que realizou em sua rede em 2018 e o resultado mostra que pelo menos uma de cada avaliação mostrou algum tipo de irregularidade. As ações de inspeção flagraram 29,6 mil adulterações ou conexões clandestinas de um total de 126 mil avaliações. O número de irregularidades corresponde a cerca de 23,4% do volume inspecionado. De acordo com a RGE, as inspeções são realizadas para evitar problemas na rede de distribuição de energia elétrica e garantir a segurança da população.

O foco da iniciativa é “evitar acidentes com as ligações precárias e que não observam os padrões e normas técnicas”. Segundo a concessionária gaúcha, as fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o furto, acrescidos de multa.

Durante o ano passado, uma média de 81 ligações clandestinas foi detectada por dia nas inspeções da distribuidora. Mesmo que as ações policiais tenham como foco principal os clientes comerciais e empresariais, as operações da distribuidora também abrangem os clientes residenciais, que integram a maior parcela dos clientes ativos.

“O Grupo CPFL utiliza modernas tecnologias que, através de algoritmos, identificam possíveis sinais de desvio de energia, além da instalação de medidores que mostram, de forma imediata, uma manipulação indevida no equipamento ou o não registro de algum valor consumido“, explica o gerente de Serviços de Recuperação de Energia da RGE, Alexsandro da Silva Souza. Quando a alteração é identificada na medição da energia consumida, são realizados os cálculos da quantidade de energia furtada e fixada a cobrança do valor que não passou pela medição.

Para identificar os fraudadores, além das inspeções de campo, os profissionais trabalham com o cruzamento de dados de consumo e inteligência artificial, que permitem identificar com mais precisão possíveis fraudes. Geralmente os casos que apresentam irregularidades constatadas nas inspeções já apresentavam indícios no levantamento prévio feito pelos sistemas do Grupo CPFL, controlador da RGE.

O desligamento das ligações clandestinas, também conhecidas como gatos, evita curtos-circuitos que afetam a rede e que, em muitos casos, provocam o desligamento e a queima de equipamentos e eletrodomésticos de ruas inteiras, além do risco de incêndio de imóveis destas localidades. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais. As ligações irregulares também são responsáveis pela sobrecarga da rede de energia elétrica.