BNDES financia R$ 1,2 bi para parque eólico

Redação – 22.05.2020 –

Valor corresponde a 86% do valor total do empreendimento da Engie Brasil na Bahia. Desde março, o banco já oficializou R$ 2,7 bilhões para a empresa de energia

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento no valor de R$ 1,2 bilhão para a fase 2 do Conjunto Eólico Campo Largo. O empreendimento da Engie Brasil está localizados entre os municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia e terá capacidade instalada de 361,2 MW, o suficiente para atender 850 mil domicílios.

O financiamento é de R$ 1,2 bilhão e o projeto vai se beneficiar da sinergia das estruturas existentes, como a subestação e a linha de transmissão, implementadas para atender os Conjuntos Eólicos Campo Largo – Fase 1 e Umburanas – Fase 1, que totalizam 686,7 MW de capacidade instalada.

Todas as licenças de instalação para as 11 centrais que compõem o projeto foram obtidas e a entrada em operação está prevista para o início de 2021.  Com a implantação da segunda fase de Campo Largo, a capacidade instalada de energia eólica da empresa ultrapassará a marca de 1 gigawatt (GW) na Bahia e mais de 1,2 GW na região Nordeste.

A Engie teve outro projeto aprovado pelo BNDES: em março o banco oficializou o financiamento de R$ 1,5 bilhão para a transmissão de energia Gralha Azul, com cerca de mil quilômetros de extensão, no Paraná. O empreendimento vai beneficiar 24 municípios e tem custo total de R$ 1,85 bilhão. As obras estão em andamento desde 2018 em diversas frentes, envolvendo a implantação e o reforço de linhas de transmissão e subestações.

De acordo com o BNDES, por meio de Gralha Azul, será possível viabilizar o escoamento de energia de usinas hidrelétricas e de cogeração. O projeto também ampliará a segurança de fornecimento da região centro-sul do estado do Paraná.

De acordo com Carla Primavera, Superintendente da Área de Energia do BNDES, “a viabilização de ambos os projetos é fruto da longa parceria entre o BNDES e a Engie para o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro, reforçando a vocação das instituições como players importantes tanto da transição para uma economia de baixo carbono, como para o crescimento do mercado livre de energia no Brasil”.

Os dois contratos, Gralha Azul e Campo Largo –Fase 2, que somam R$ 2,7 bilhões, foram firmados durante a pandemia da Covid-19, de forma digital, com certificação pelo ICP-Brasil.