Volvo está desenvolvendo caminhões movidos a hidrogênio

Redação – 23.06.2022 – Projeto de caminhões movidos a hidrogênio foi apresentado na Europa, onde testes deverão ser feitos no futuro; promessa é de autonomia para até 1 mil quilômetros 

De olho na descarbonização do transporte, a Volvo Trucks apresentou novos caminhões elétricos a célula de combustível movidas a hidrogênio. A opção não agride o meio ambiente, já que o hidrogênio não emite gás carbônico e, se produzido através de reações químicas energizadas por fontes renováveis, é considerado um combustível verde. Os testes com clientes em operações reais começarão em alguns anos e a comercialização na Europa está prevista ainda para década. 

Os caminhões elétricos à célula de combustível terão uma autonomia comparável a de caminhões a diesel – até 1 mil quilômetros – e um tempo de reabastecimento inferior a 15 minutos. Isso é interessante, pois um dos principais obstáculos do uso de energia na cadeia logística é a autonomia dos veículos. As duas células de combustível têm a capacidade de gerar 300 kW de eletricidade a bordo. 

A Volvo diz que caminhões elétricos movidos a hidrogênio são adequados para longas distâncias e aplicações pesadas e com alta demanda de energia. Eles também podem ser uma opção em países onde as possibilidades de recarga de bateria são ainda limitadas, isso porque células de combustível geram sua própria eletricidade a bordo a partir do hidrogênio, ao invés de carregarem de fontes externas. O único subproduto emitido é vapor de água. 

Tecnologia de células de combustível 

As células de combustível serão fornecidas pela Cellcentric – joint venture entre o Grupo Volvo e a Daimler Truck AG. A Cellcentric construirá uma das maiores instalações da Europa para produção em série de células de combustível, especialmente desenvolvidas para veículos pesados. 

A tecnologia de células de combustível ainda está em fase inicial de desenvolvimento e há muitos benefícios, mas com desafios à frente. Um deles é o fornecimento de hidrogênio verde em larga escala. Outro é a infraestrutura de reabastecimento de veículos pesados, que ainda precisa ser desenvolvida.