Qual o papel do provedor na digitalização da saúde

Redação InfraDigital – 25.07.2022 – Setor da saúde passa por transformação e ISP pode agregar mais do que apenas fornecer conexão 

A pandemia de covid-19 trouxe muitas mudanças no comportamento das pessoas e uma delas foi a possibilidade de realizar teleconsultas. A telemedicina, que ainda espera uma regulamentação definitiva, e a digitalização do setor da saúde foram os temas do novo episódio do podcast Conexão Infradigital, que contou com a participação de Alex Vieira, superintendente de TI e Inovação do Hospital HCor, em São Paulo (SP). No episódio, ele e Antenor Nogara, country manager da HPE Aruba no Brasil, comentam qual o papel dos provedores de Internet nessa digitalização. Confira. 

Qual é o papel e a relevância dos provedores de Internet para o mercado de telemedicina? 

Antenor Nogara: Muitas das aplicações do setor da saúde são de missão crítica e o provedor ganha relevância na medida em que ele leva essa conectividade de forma segura e gerenciada. Existem casos de uso que dependem de uma infraestrutura mais específica. É toda a infraestrutura que hospitais, clínicas e consultórios vão adotar. Até mesmo a as falas de cirurgia, enfim toda essa infraestrutura tem que ser um altamente disponível, altamente confiável e capaz de suportar os casos de uso é que hoje estão que estão sendo implantados nas empresas de saúde. 

O que os provedores podem oferecer para esse mercado de saúde digital, além da conectividade? 

Antenor Nogara: O rastreamento de ativos, que é outra aplicação de alta demanda hoje em dia para que você possa monitorar aqueles dispositivos de maior valor. Para que você possa fazer a racionalização do seu uso, ou seja, saber exatamente qual o inventário, onde está cada dispositivo, enfim, outras tratativas administrativas de controle de segurança para tornar o uso desses elementos mais eficientes. 

Quais são os serviços de saúde digital que o HCor oferece aos pacientes 

Alex Vieira: O HCor tem uma gama grande de serviços digitais. A necessidade de ter o paciente conectado com a instituição passou a ser praticamente diária, porque mesmo a distância eu preciso estar cuidando desse paciente. Temos um atendimento direto com ele por aplicativo, onde eu coleto informações que esse paciente imputa para o próprio prontuário dele. 

Qual foi o papel do provedor de ISP nessa digitalização do HCor? 

Alex Vieira: Ter o parceiro adequado avançou muito a digitalização porque era um parceiro com experiência. A gente trabalha com os produtos HPE Aruba e isso facilitou a forma de nós montarmos também a nossa arquitetura. Antes, quando um dos meus links caía, eu precisava mexer, manualmente, no equipamento para trocar os links, e hoje isso é transparente para mim. Quando um link cai, o outro já assume automaticamente sem eu precisar fazer nada.  

Quais são os planos do hospital para o 5G? 

Alex Vieira: Hoje, nós temos um problema muito grande por causa da região em que estamos localizados (centro de São Paulo) e qualquer manutenção que é realizada aqui acaba nos penalizando. Eu vejo que o 5G vai ser um ganho muito grande para gente quando tiver realmente funcionando, porque vai poder conectar nossas unidades (são cinco). Ela é complexa ela gera um custo alto e, além disso, ela tem toda essa complexidade de qualquer probleminha no meio do caminho. Acho que o 5G vai vir com um tom muito forte para que a gente diminua custos e fique com uma operabilidade próximo ali do 100%.  

Quais são as oportunidades que você enxerga no mercado para os provedores de serviços? 

Antenor Nogara: Primeiro, o provedor tem que conhecer o negócio do cliente dele. Levar conectividade, sem dúvida, e infraestrutura avançada integrada também são oportunidades que agregam valor ao negócio do ISP. Buscar esse ponto de apoio para suporte, para gestão da administração de infraestrutura e, claro, ser um parceiro para novas aplicações que entrem é no portfólio do hospital ou clínica. 

Existe alguma janela que o provedor possa ocupar ainda dentro do HCor? 

Alex Vieira: Sim, a gente tem diversas oportunidades. Hoje, o mercado de saúde está em ampla em expansão e transformação. Nesses últimos dois anos, a gente teve uma disrupção e a própria população começou a ter uma outra visão do que é a saúde. Um paciente com doença crônica que precisa do acompanhamento não pode ser abandonado, ele precisa ter o seu dia a dia sendo acompanhado. Com a pandemia, acabou tendo esse distanciamento e agora a gente volta essa aproximação, mas com diversas oportunidades abertas, porque o próprio paciente já viu que tem outras possibilidades. Nós Principalmente estamos abertos a todos que tiverem alguma boa ideia para que a gente possa implementar e melhorar o cuidado dos nossos pacientes.

Confira o episódio completo aqui: