Engie Brasil vende Usina Termelétrica Pampa Sul por R$ 450 mi

Redação – 19.09.2022 – Companhia avança em estratégia para ter um portfólio só de energia totalmente renovável no País 
Planta da Usina Termelétrica Pampa Sul (foto: divulgação Engie).

A Engie Brasil Energia assinou o contrato de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, localizada no município de Candiota (RS), para os fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, respectivamente. O ativo tem capacidade instalada de 345 MW e a geração fortalece o Sistema Interligado Nacional (SIN). 

O valor total da transação será de aproximadamente R$ 2,2 bilhões, dividido entre o preço da venda, no montante de até R$ 450 milhões, e da assunção do endividamento pelos compradores, no valor aproximado de R$ 1,8 bilhão. O fechamento da operação de venda está sujeito ao cumprimento de determinadas condições previstas no contrato. 

A usina vendida é o último ativo a carvão remanescente no portfólio da Engie Brasil Energia. A venda está alinhada à meta do grupo de liderar a transição energética para uma economia neutra em carbono. Após o fechamento da operação de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, a empresa vai chegar a 8.096 MW de capacidade instalada própria proveniente de fontes renováveis. 

A partir de 2013, a Engie descomissionou duas usinas termelétricas, Alegrete e Charqueadas, ambas no Rio Grande do Sul, e, no ano passado, registrou a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina. 

Planos futuros dos compradores para a UTE Pampa Sul 

Segundo a Starboard, a Usina Termelétrica Pampa Sul vai trazer a possibilidade de atuar em uma transição energética de forma sustentável e responsável. A empresa pretende investir em tecnologias que possibilitem aumento da eficiência da planta, bem como a busca pelo descomissionamento antecipado sem prejuízo aos stakeholders envolvidos. 

Serão investidos cerca de R$ 150 milhões na Usina Termelétrica Pampa Sul com o objetivo de alcançar uma redução das emissões de carbono em até 5% (75 mil toneladas de CO2 equivalente/ano). As companhias também irão destinar parte significativa de sua verba de P&D para o desenvolvimento de pesquisas sobre tecnologia de captura e armazenamento de carbono.

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