Estudo da ABB mostra que tecnologia reduz emissões de carbono e custos de tratamento de esgoto para reutilização de água

Redação – 01.11.2022 – Economia média de custos operacionais chega até US$ 1,2 milhão por planta, enquanto emissões caem em até 2 mil toneladas de CO2 por ano 

Segundo um estudo da ABB, realizado durante nove meses com o apoio de um economista independente, é possível proporcionar redução de custos e de emissões de gases de efeito estufa (GEE) usando tecnologia no tratamento de água residual – que já foi utilizada por humanos e acaba indo para o esgoto. 

As descobertas revelam que em locais de águas residuais, as concessionárias podem reduzir as emissões de carbono em até 2 mil toneladas por ano. Com mais de 50 mil estações de tratamento de águas residuais existentes em todo o mundo, a oportunidade, se dimensionada, é superior a 100 milhões de toneladas de CO2 evitadas. Números médios obtidos entre as descobertas para instalações de águas residuais novas (greenfield) e existentes (brownfield). 

Além disso, ao aplicar um pacote robusto que mescla tecnologia de controle de processos com soluções digitais, as empresas de água podem obter economias operacionais anuais de até US$ 1,2 milhão (9,5%) por planta, abrindo fluxos de receita para garantir que volumes maiores de águas residuais sejam tratados e sejam menos descartados em nossos rios e mares. 

Quando tratadas de forma eficaz, as águas residuais podem ser devolvidas ao ciclo da água para reutilização, provando ser um recurso valioso. É importante ressaltar que também reduz os níveis de esgoto não tratado bombeado para rios e oceanos, que têm impactos extremamente negativos na saúde pública, no meio ambiente e na vida marinha. 

Segundo a ABB, dados globais mostram que apenas metade das águas residuais é tratada adequadamente. Isso é um perigo para a vida aquática, já que essas águas acabam desembocando em rios e mares, e para a vida humana, principalmente para quem vive perto dessas áreas. 

O mercado global de águas residuais, impulsionado pela necessidade de mais água doce, aumento da população e regulamentos ambientais rigorosos, deverá crescer de US$ 300 bilhões em 2022 para US$ 490 bilhões em 2029. 

A modelagem econômica dos relatórios foi realizada pelo economista independente Steve Lucas, da Development Economics em conjunto com a ABB Energy Industries e apoiado por pesquisa de dados existentes de fontes acadêmicas e industriais.