Metaverso deve impulsionar o mercado de data center

Redação – 01.12.2022 – Aumento do volume de dados deve ser um dos desafios que o mercado de data center enfrentará 

O metaverso tem atraído atenção do mercado como uma nova tendência tecnológica e pode acabar beneficiando o setor de data center. Para se ter uma ideia, a expectativa é que até 2026, um quarto das pessoas e um terço das organizações estejam ativos nesse ambiente virtual. De acordo com o Supervisor de Vendas Corporativas da Fibracem, Adriano Fraga, com isso, o volume de armazenamento e transferência de dados necessários para colocar em prática toda essa evolução digital deve crescer de forma surpreendente, o que deve impulsionar – e muito – o setor de data center. 

“Esse é um forte indício do quão o consumo de dados aumentará. E por conta disso, acredito que deve haver, sim, um aumento de investimentos, principalmente por parte das empresas, não só na melhoria dos equipamentos de conectividade e armazenamento em si, mas também em ampliações da infraestrutura de data centers, por exemplo, para suportar toda essa demanda expressiva do volume de dados que serão trabalhados a partir do metaverso”, afirma. 

Ainda segundo o supervisor da Fibracem, por mais fomentada que esteja a discussão sobre o espaço virtual, ainda é difícil mensurar todas as possibilidades que envolvem o metaverso e, com isso, calcular um percentual aproximado de crescimento no consumo de dados. 

“De qualquer forma, o que se sabe é que haverá, sim, um aumento. E mesmo que seja complexa a mensuração do aumento no volume de dados, justamente por se tratar de um terreno a ser explorado, é fundamental que as empresas coloquem em seu planejamento uma revisão na infraestrutura de data center para sustentar esta nova realidade trazida pelo metaverso”, diz. 

Expectativas com o metaverso 

O metaverso é um ambiente virtual que viabiliza aos usuários uma conexão e interação de várias formas, unindo a realidade virtual, realidade aumentada e a Internet com outras pessoas e empresas de maneira inteiramente remota. Para Fraga, um dos grandes atrativos do metaverso é a possibilidade de otimizar processos, o tempo das pessoas e ainda, proporcionar uma interatividade no mundo virtual com alto nível de realidade, de uma forma como jamais fora vista. 

Estudos mostram que em 2030, a economia do metaverso pode atingir a casa de US$ 13 trilhões em tamanho, de acordo com o banco de investimentos Citi, reforçando que a rede tende a se firmar como um ambiente de negócios. 

Ainda, segundo Fraga, empresas já veem transformando a realidade física em realidade virtual, utilizando a tecnologia tanto para realizar treinamentos e aulas, quanto para demonstrações de produtos nos diversos setores do mercado. 

“Um exemplo disso são algumas construtoras e incorporadoras que ao invés de construir os tradicionais apartamentos decorados, oferecem essa experiência no formato digital, através de um painel interativo no stand de vendas, ou através de uma aplicação via web. Ou seja, um possível cliente poderá ter a experiência de um tour guiado em uma unidade decorada, mas sem sair de casa, literalmente”, finaliza.