Fibracem espera crescimento do mercado de telecom em 2023

Redação – 11.01.2023 – Apesar de um 2022 desafiador, CEO da fabricante prevê avanços significativos para o setor a partir de 2023 

Um dos principais setores da economia nacional, o de telecom, deve avançar de forma significativa a partir de 2023, pelo menos na visão da Fibracem. A perspectiva positiva se baseia no desejo declarado pelo novo governo em priorizar investimentos em áreas estratégicas que, segundo eles, são importantes e fundamentais, como é o caso da educação. Com isso, a tendência é que o mercado de telecom seja impactado com uma onda de investimentos em tecnologia e infraestrutura de rede. 

Carina Bitencourt, CEO da Fibracem, diz que a área educacional exige uma série de investimentos, como em softwares e infraestrutura de redes para o desenvolvimento de pesquisas. “E isso deve induzir a um ótimo cenário para as empresas que hoje trabalham no setor de tecnologia da informação e de telecomunicações, por exemplo”, diz. 

Outro mercado que provavelmente deve contribuir para o retorno de investimentos para o setor de telecom é o da construção civil. “Ao favorecer incentivos a estas áreas o segmento de telecomunicações acaba se beneficiando, por conta do possível crescimento da demanda de internet, banda larga, melhorias em cabeamentos ópticos e, inclusive, revisões de data centers”, comenta. 

Ganhos do telecom com o 5G 

Ainda segundo a executiva da Fibracem, outro fator que deve ajudar o setor da indústria de telecom a avançar positivamente é a chegada rápida do 5G dentro das grandes empresas. Isso pois, segundo ela, a tendência é que as companhias se tornem uma espécie de “corporações 4.0’, passando a investir em equipamentos e maquinários cada vez mais inteligentes, sofisticados e tecnológicos. 

“Equipamentos com essa natureza demandam mais fibra óptica, processamento de dados e troca de informações com softwares, o que no conjunto da ópera, o resultado são informações mais precisas para o melhor desenvolvimento do negócio”, ressalta. 

A indústria também vai passar por isso e há uma demanda para que o País deixe de ser tão dependente da China. Carina defende que as empresas que atuem no Brasil não usem a mão de obra local apenas como linha de montagem, mas que também tragam e desenvolvam tecnologia por aqui. 

Movimentos de mercado de ISPs que ainda devem permanecer 

De acordo com a executiva da Fibracem, alguns movimentos de mercado como fusões e adesões às redes neutras ainda devem se manter firmes em 2023. Para ela, o modelo de economia compartilhada das redes neutras, por exemplo, já vem sendo vista como uma alternativa valiosa para o progresso da comunicação óptica e, consequentemente, para a evolução da distribuição de internet no Brasil. 

“Esse é um negócio interessante, pois abrem portas para pequenos e médios provedores, que possuem total conhecimento deste mercado, estão apostando nestes projetos de redes neutras, pois elas possibilitam inúmeros benefícios, tanto para o dono da rede, que ganha em escala quanto para um provedor de internet ou até mesmo uma operadora, que tem a oportunidade de atender a uma nova carteira de clientes em regiões onde o mesmo não possui infraestrutura de rede própria”, finaliza.