Adoção do 5G cresce e já alcança 47 das maiores economias do mundo

Redação – 25.04.2023 – EUA assume a liderança em número de cidades cobertas pela primeira vez e o 5G SA começa a ter mais relevância 

A sétima edição do estudo anual “The State of 5G”, promovido pela Viavi Solutions, aponta que o 5G já está ativo em 47 das 70 maiores economias do mundo (com base no PIB). São cerca de 2,5 mil cidades no mundo com redes comerciais do 5G ativas, divididas entre 92 países. Outros 23 países têm testes pré-comerciais de 5G em andamento, e 32 países anunciaram ter intenções no 5G. Apenas 48 países (em sua maioria, nações insulares menores) estão na parte de planejamento para a tecnologia. 

Um ponto de atenção é o crescimento das redes 5G standalone (SA), ou seja, aquelas que foram construídas usando um novo núcleo 5G e que operam independentemente da infraestrutura 4G existente. Em janeiro de 2023, 45 redes 5G SA estavam em operação, em 23 países. Em comparação, em janeiro de 2022, havia apenas 24 redes non-standalone (NSA) globalmente. 

Outro destaque é que os Estados Unidos finalmente ultrapassaram a China e agora lideram o ranking de países com mais cidades 5G. Nos EUA, o número de cidades com redes 5G cresceu significativamente para 503, um aumento de 69% em relação às 297 cidades listadas em maio de 2022. Em paralelo, o número de cidades 5G na China permanece estático em 356 desde a atualização de junho de 2021. 

No entanto, o número de cidades 5G é apenas um aspecto do relativo sucesso da evolução do 5G nas duas nações, com a China à frente em outras métricas-chave. A amplitude da cobertura 5G dos Estados Unidos contrasta com a profundidade da cobertura 5G da China, com o país asiático permanecendo à frente em relação a velocidade de dados, número de assinantes e estações base implantadas. 

Um total de 18 países anunciaram suas primeiras implantações de 5G em 2022, entre eles, duas das maiores economias em desenvolvimento, Índia e México, e economias emergentes, como Angola, Etiópia e Guatemala.  

Setor industrial aparece como líder em 5G Privado 

O setor industrial emergiu como líder global para redes 5G privadas, com 44% das implantações anunciadas publicamente, seguido pelos setores de logística, educação, transporte, esportes, serviços públicos e mineração. Essa tendência sugere um pragmatismo em relação a como o mundo empresarial tem lidado com o 5G privado: organizações com mais problemas de conectividade e com mais oportunidades para aplicações inteligentes surgem naturalmente como os front-runners das redes 5G privadas. 

As empresas dentro destes setores frequentemente operam em ambientes desafiadores onde a conectividade de alta velocidade pode estar indisponível. Esses segmentos também se juntam a setores onde as aplicações IoT têm evoluído, liderando discussões a respeito de fábricas inteligentes, cidades inteligentes e assim por diante. 

A estreita relação entre as oportunidades do 5G privado e do IoT também coincide com uma nova realidade entre as operadoras de telecomunicações, na qual a IoT se tornou uma oportunidade de receita quase que inteiramente focada em verticais. 

Como está sendo o uso do mmWave 

O espectro para 5G na banda de ondas milimétricas (mmWave), geralmente considerado 24 GHz e acima, atraiu muito interesse de diversos países. A faixa do espectro oferece benefícios significativos com mais velocidade, menos latência e mais capacidade. No entanto, também apresenta desvantagens, como cobertura mais baixa, custos de equipamentos mais altos e necessidade de implantações densas. 

Os países que disponibilizaram o espectro mmWave abrangem todos os continentes e representam uma mistura extremamente diversificada de tamanhos populacionais, economias e níveis de avanço tecnológico. Muitos dos maiores mercados móveis do mundo, incluindo China, Índia e Estados Unidos, disponibilizaram o mmWave, bem como aqueles com populações pequenas, como Seychelles e Guam. O mesmo padrão de diversidade é válido em mercados desenvolvidos, como Alemanha e Japão, e economias emergentes, como Indonésia e Vietnã. 

A diversidade de países que licenciam o mmWave mostra que há um forte apelo dos reguladores combinado com um interesse natural das operadoras por espectro. No entanto, com benefícios e desvantagens, a história do mmWave provavelmente terá muitas reviravoltas nos próximos anos, diz a Viavi.