Feninfra espera que Senado corrija impactos negativos da Reforma Tributária

Redação – 26.07.2023 – Presidente da entidade defende que sejam feitos estudos mais apurados para que não ocorra aumento de impostos, que podem afetar empregabilidade 

A discussão da Reforma Tributária no Senado Federal ainda não começou e espera a volta do recesso parlamentar para ser iniciada. A previsão é do presidente da casa, Rodrigo Pacheco, é de que o texto seja votado até outubro. Esse tempo pode ser usado para uma maior discussão do texto e há quem avalie de que será necessário corrigir distorções aprovadas na Câmara. 

Essa é a opinião de Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra). Ela diz que não está claro qual será a alíquota dos impostos e que setores com pouca empregabilidade foram incluídos em alíquotas reduzidas. 

“É necessária mais informação para que possamos analisar melhor os impactos da criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nos moldes que foram aprovados na Câmara. Qual é o efeito sobre o preço e a renda? Uma certeza temos: com uma alíquota de no mínimo 25%, haverá aumento considerável da carga tributária do setor de serviços”, argumenta. 

Ela espera que os senadores estejam atentos ao fato de que o aumento dos impostos pode elevar custos acima da capacidade de assimilação pelas empresas. De acordo com ela, há o risco de que o aumento de impostos afete a empregabilidade do setor que representa, que hoje conta com 2,5 milhões de trabalhadores. 

A presidente da Feninfra ressalta que não há sentido em estabelecer uma reforma que prejudique o setor de serviços de telecomunicações e gere uma crise entre as empresas da área. “Das 10 maiores empregadoras brasileiras, três são de teleatendimento. Grande parte dos colaboradores são mulheres e muitos estão no seu primeiro emprego. O aumento dos tributos pode gerar um grave problema social”, ressalta. 

“Defendemos uma reforma tributária que atenue a carga, simplifique e desburocratize o processo de arrecadação e não gere aumento de carga para nenhum setor. Seria desastroso para a economia onerar uma atividade que é a maior empregadora do País, como a de serviços. Por isso, esperamos que os senadores tenham bom senso”, afirma.