Com novo transponder de 1,2T, Padtec se coloca na vanguarda do mercado óptico
João Monteiro – 09.10.2023 – Empresa é a primeira a disponibilizar equipamento com capacidade de transmissão de dados de 1,2 Tb/s por canal óptico
No final de setembro, a Padtec anunciou a LightPad Max, uma nova linha de transponder de nova geração com capacidade de transmissão de dados de 1,2 Tb/s por canal óptico (ou 2,4 Tb/s no total), em uma mecânica de apenas 1U de altura. O equipamento é o destaque da empresa no Futurecom 2023 e coloca a Padtec na vanguarda do mercado óptico, que normalmente vê soluções com, no máximo, 800 Gb/s.
A nova solução, que deve chegar ao mercado em 2024, é resultado de um mercado concorrido. Uriel Miranda, especialista de Marketing de Produto da Padtec (foto acima), compara o setor de tecnologia óptica com o de smartphones, em que cada fabricante tenta entregar maior capacidade de banda antes da concorrência. Com o lançamento da LightPad Max, a Padtec assume a liderança na inovação – pelo menos, por enquanto.
Usados em redes metropolitanas e de backbone construídas com tecnologia DWDM, os novos transponders chegam para atender uma demanda crescente de tráfego de dados. Miranda explica que, hoje, se uma operadora precisa aumentar sua capacidade, ela tem que subir o número de equipamentos no rack, o que traz maior CAPEX e desafios de gerenciamento de ativos e consumo de energia.
Como a Padtec é uma empresa 100% nacional com sede em Campinas (SP), o executivo aponta benefícios frente à concorrência internacional. Mesmo usando componentes que vem de toda a parte do mundo, o software e o hardware são totalmente brasileiros, abrindo vantagens para aquisição de equipamentos via financiamento público e também preço em moeda nacional.
Mercado aberto
De olho nas operadoras (tradicionais e de redes neutras) bem como provedores de internet de porte médio, o equipamento deve chegar em um mercado que ainda tem espaço para crescimento não só da fibra óptica, mas também do DWDM. “Conforme o ISP cresce, ele precisa aumentar a capacidade de suas redes e a tecnologia DWDM acaba sendo uma solução para o negócio”, diz Miranda.
A perspectiva também é boa para o crescimento da infraestrutura de fibra óptica no País, onde o mercado nacional como um todo deve ter crescimento anual próximo a 10% a médio prazo, na visão do executivo. Além disso, a empresa é uma das fornecedoras do projeto de infovias na Amazônia, vencendo todos os editais para fornecer a tecnologia de enlace de redes.
Esse é outro ponto onde a empresa se destaca por ser brasileira. Miranda lembra que o edital da primeira infovia pedia por um enlace de rede longo, para 340 quilômetros, algo que a Padtec desenvolveu exclusivamente para o projeto de rede amazônica.