Brasil conta com 251 construtechs, segundo levantamento

Redação – 06.12.2023 – Estudo da Liga Ventures com o Secovi-SP mostra que este mercado movimenta R$ 748 milhões nos últimos dois anos

A Liga Ventures, rede de inovação aberta e aceleradora de startups, fez um levantamento junto com o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo) sobre as startups de construção civil, as construtechs. Ao todo, foram mapeadas 251 startups que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias, com o objetivo de transformar o universo da construção civil e entregar melhores serviços para o mercado.

Sobre os investimentos no setor, foram realizados 21 deals entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, que movimentaram cerca de R$ 748 milhões. As startups de construção modular (66%) e desenvolvimento imobiliário (18%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.

Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 26,4% delas foram criadas entre 2019 e 2022. Já as principais categorias de construtechs ativas fundadas de 2020 a 2023 foram cotação e compra de insumos (18%); construção modular (12%); realidade virtual e interatividade (9%); geração e controle de obra (6%) e inspeção e monitoramento (6%);

O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (41%), seguido por Minas Gerais (14%), Paraná (12%), Santa Catarina (11%), Rio Grande do Sul (6%), Rio de Janeiro (5%), Distrito Federal (3%), Goiás (2%), Pernambuco (2%) e Bahia (1%).

Categorias

Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das construtechs mapeadas, onde 29% são emergentes, 42% estão estáveis, 21% são nascentes e 8% delas disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Marketplace (23%), Dashboard (17%), Data Analytics (15%), API (14%) e Relatórios Automatizados (12%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 93% das startups têm como foco o mercado B2B.

O levantamento ainda aponta que as construtechs estão divididas em 24 categorias:

  • gestão e controle de obra (10,76%);
  • cotação e compra de insumos (7,17%);
  • realidade virtual e interatividade (5,58%);
  • redução e destinação de resíduos (5,58%);
  • construção modular (4,78%);
  • prospecção e geração de leads (4,78%);
  • fidelização de clientes (4,78%);
  • desenvolvimento imobiliário (4,38%);
  • orçamento de obra (4,38%);
  • smart buildings (4,38%);
  • conteúdo e educação (3,98%);
  • gestão de colaboradores (3,98%);
  • inspeção e monitoramento (3,98%);
  • novos produtos e insumos (3,98%);
  • reforma (3,98%);
  • inteligência imobiliária (3,59%);
  • captação de recursos (2,79%);
  • contratação de mão de obra (2,79%);
  • gestão administrativa (2,79%);
  • planejamento de obra (2,79%);
  • pós-obra (2,79%);
  • gestão de estoques (2,39%);
  • segurança no trabalho (2,39%);
  • aluguel e aquisição de maquinários/equipamentos (1,2%).

Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.