CBIC critica ajuste fiscal na Construção Civil

Para o órgão, desoneração do setor pode ser mais eficaz

Em nota divulgada para a imprensa, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) criticou o ajuste fiscal sugerido pelo governo federal. “Reconhecemos a necessidade do ajuste, mas nos preocupa a forma como está sendo implementado, baseado muito mais no investimento”, afirma o presidente da CBIC, José Carlos Martins. De acordo com o órgão, diante desse cenário, deverá existir atrasos na entrega, desemprego e dificuldade para as empresas se manterem em atividade.

A CBIC sugere que a desoneração do setor pode ter maior eficácia. Para eles, o foco da medida deveria ser na questão da informalidade, que hoje representa 54%. Segundo o comunicado, “quando o PL 863/2015, na prática, troca a contribuição sobre faturamento, que incidiria sobre todos, e passa para a folha de pagamento, somente sobre os formais, acaba gerando o efeito contrário do pretendido”.

A organização diz que o setor de construção representa 6,5% do PIB e participa com mais da metade do investimento nacional. “Diante disso, reafirmamos que cortar investimentos nas áreas de habitação, mobilidade urbana, entre outros, pode ser um fator bastante prejudicial para a geração de renda, emprego, afetando fortemente o desenvolvimento social e econômico brasileiro”, encerra o comunicado.