A demorada reparação do desastre de Mariana

Do DW Brasil – 28.06.2018 –

Novo acordo entre mineradoras Samarco, Vale, BHP e órgãos públicos inclui também os atingidos. Dois anos e meio depois da maior tragédia ambiental do país, famílias ainda esperam ajuda emergencial.

No estado de Espírito Santo, as famílias atingidas pelo maior desastre ambiental do Brasil, provocado em 2015 pelo rompimento da barragem de rejeitos das mineradoras Samarco, Vale e BHP, ainda vivem em situação de emergência.

“A concessão de auxílio financeiro ainda tem sido uma demanda muito forte das comunidades. Temos muitas notícias de pessoas em situação de vulnerabilidade que aguardam há mais de dois anos para receber”, afirma Rafael Portella, defensor público do estado.

São comunidades que tinham no rio Doce ou na região da costa litorânea a principal fonte de sustento, área que ficou inviabilizada depois da invasão dos rejeitos de mineração após o colapso da barragem Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015.

A onda de resíduos percorreu mais de 600 quilômetros pelo Doce até chegar ao Atlântico, na costa do Espírito Santo. No caminho, matou 19 pessoas, destruiu povoados, memórias, vegetação e comprometeu a fonte de água e renda de comunidades.

Segundo a Defensoria Pública do estado, uma das principais tarefas tem sido tornar “visíveis” os atingidos espalhados pelo território. “Foi preciso um ano para que as empresas reconhecessem todo o litoral do estado como área impactada”, critica Portella. “Isso mostrou como o sistema era ineficiente, moroso, extremamente burocratizado. E sem qualquer participação social.”

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