Accedian antecipa falhas e melhora operação das telcos

Por Nelson Valêncio – 23.10.2018

Expertise da canadense Accedian é navegar pelas redes das operadoras móveis e fixas e funcionar como uma auditoria para as áreas de engenharia, operação e marketing

Dion Joannou, diretor de Operações da Accedian, nasceu em Chipre, foi criado nos Estados Unidos e tem uma experiência de América Latina consistente. Baseado no Canadá, o executivo tem um DNA diversificado. Mais diversificada ainda é a plataforma da empresa, que funciona como uma auditoria da infraestrutura física das operadoras fixas e móveis. O software SkyLIGHT analisa tráfego de voz e de dados nas redes, cruza as informações com os equipamentos instalados e as entrega na forma visual para as equipes de engenharia, operação e marketing das telcos.

Bom, usar dados de rede para planejar melhor a infraestrutura ou otimizar o que já está implantado é um processo já consolidado em telecomunicações. Agora, a adoção de informações de como a rede pode ser usada para atender melhor o usuário final – pela área de marketing – e desenvolver novos produtos, de acordo com a demanda e com o desempenho da rede, é um processo relativamente novo. Ele também está na agenda de concorrentes da Accedian, a Viavi e a Exfo, ambas fabricantes de instrumentos de teste manuais. Ao contrário de seus competidores, a canadense foca na inteligência, o que seria um fator de não dispersão segundo Joannou.

Monitoramento de provedores e de redes corporativas estão no escopo 

De acordo com o executivo, a plataforma é usada para levantar dados que municiam a equipe de projeto das operadoras e permite que elas melhorem o planejamento de redes futuras. Outro uso é a melhoria da operação, corrigindo erros de uso da infraestrutura. Como é um material de auditoria, os dados fornecidos pela Accedian também podem ser usados como ferramenta de comprovação dos acordos de nível de serviço (SLA) com clientes corporativos.

Independente da utilização, a plataforma permite uma visibilidade da infraestrutura, uma moeda valiosa quando uma das tendências entre as operadoras é a aplicação das redes definidas por software ou ainda o avanço das redes 5G, que vão exigir muito investimento em rede. “Atuamos em cooperação direta com as equipes internas das operadoras, tendo acesso a informações dos vendors parceiros delas”, resume Joannou. Segundo ele, geralmente o acesso acontece de forma rápida, pois é uma demanda das próprias operadoras.

Atuando há três anos no Brasil, a canadense acredita que há espaço para crescer, principalmente porque a solução é modular e pode ser ativada por etapas. Existem módulos para análise dos provedores de serviço e para aplicações de redes corporativas, entre outros.