Aeroporto de Brasília testa embarque com reconhecimento facial

Redação – 13.08.2021 – Programa já foi testado com mais de 2,5 mil passageiros voluntários em cinco outros aeroportos

O Aeroporto Internacional de Brasília começou a testar, nesta quinta-feira (12/8), o reconhecimento facial para identificação de passageiros. Chamada de Embarque + Seguro pelo governo federal, a tecnologia substitui a apresentação de documento de identificação e cartão de embarque pelos passageiros. 

O programa é uma iniciativa do Ministério da Infraestrutura (MInfra) e foi desenvolvido pelo Serpro, em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. A tecnologia de reconhecimento facial passou por testes em cinco aeroportos: Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ), Belo Horizonte (Confins) e Congonhas (SP). 

De outubro de 2020 até agora, o programa foi testado por mais de 2,5 mil passageiros voluntários em aproximadamente 150 voos das companhias aéreas Latam, Gol e Azul. Em Congonhas, Santos Dumont e Confins, o programa permanece em execução e, em Salvador e Florianópolis, a tecnologia está sendo atualizada. 

Nessa fase de testes, da qual o Aeroporto de Brasília começa a fazer parte, o objetivo é medir a redução no tempo em filas, do acesso à sala de embarque e à aeronave, além dos custos de operação. A expectativa é que o processo se torne mais ágil e eficiente com o reconhecimento facial. 

Como funciona 

No momento do check-in no aeroporto, o passageiro é convidado a participar do Embarque + Seguro. Após concordar, a pessoa recebe uma mensagem no celular informado por ela, solicitando autorização para a obtenção de seus dados, incluindo CPF e uma foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea, utilizando o aplicativo do Serpro, realiza a validação biométrica do cidadão, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais. 

A partir da validação, o passageiro fica liberado para ingressar ao embarque na aeronave, passando pelo ponto de controle biométrico, que faz a identificação por meio de reconhecimento facial, sem a necessidade de o usuário apresentar documento e bilhete aéreo.  

Como toda a ação depende do consentimento do passageiro, o programa atend os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os dados que precisam ser utilizados para o embarque com reconhecimento facial não são compartilhados com terceiros. 

O piloto no Aeroporto Internacional de Brasília está sendo implementado com o apoio da Inframerica, das companhias aéreas Latam e Gol e da empresa de TI Sita, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia das estações de identificação facial.