Aeroportos funcionaram “nos trinques” durante Rio2016

Da redação – 25.08.2016 –

Nove principais terminais foram monitorados pelo Ministério do Transporte de 01 a 22 de agosto. Pontualidade chegou à 95% e os atrasos foram 60% menores do que na Copa.

Os dados do Ministério dos Transportes indicam que os aeroportos funcionaram a contento durante a Rio 2016. Nove dos principais terminais foram monitorados de 01 a 22 de agosto, indicando um índice de pontualidade de 95%. As métricas indicam ainda que – nos nove principais aeroportos – o tempo médio de fila no check-in doméstico foi 10 minutos e, no internacional, foi de cinco. Ainda de acordo com o Ministério, a inspeção de segurança (doméstica e internacional) estava livre de filas. Resultado: os passageiros foram liberados, em média, em um minuto. A devolução da bagagem consumiu 23 minutos (todo o processo) nos voos domésticos e 48 minutos nos internacionais.

O monitoramento também revelou o número total de partidas programadas nos nove terminais. Os dois do Rio – Santos Dumont e Galeão – somaram 7.386. Guarulhos registrou 7.858 das 33,6 mil operações totais nos nove aeroportos. Foram monitorados ainda 72 voos VIPs, além do atendimento a 123 chefes de Estado, chefes de governo e autoridades internacionais.

A explicação para os resultados positivos foi o planejamento. A operação da Rio 2016 contou, inclusive, com um manual exclusivo e foi coordenada pela Secretaria de Aviação. O documento consiste em um grande acordo operacional e de planejamento que padroniza a operação dos 40 aeroportos sob regime especial de funcionamento durante a Rio 2016. O mesmo processo vai se repetir – em escala menor – nas Paralimpíadas.

Cerca de 400 horas foram gastas na elaboração do Manual, incluindo análises técnicas, revisão de procedimentos, ações de alinhamento e cooperação para as Olimpíadas e Paralimpíadas. O documento teve a aprovação de 27 órgãos que compõem o CTOE, o Comitê Técnico de Operações Especiais da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias).

Entre os pontos de destaque estão o planejamento de fluxo dos terminais de passageiros e ocupação de pátios e pistas, questões de segurança e defesa aérea, reforço de recursos humanos, administração da capacidade de operação dos aeroportos, gerenciamento de prioridades de tráfego aéreo e acessibilidade. Todos esses itens são verificados desde 2015, em simulados e eventos-teste.