Angola Cable liga África ao Brasil por cabo submarino

Da Redação – 22.05.2017 –

Em fase final de instalação, o sistema de cabos submarinos da operadora angolana já viabilizou uma webconferência entre acadêmicos brasileiros e africanos.

Uma série de webconferências entre acadêmicos de Angola e do Brasil, realizada no início de maio, marcou a estreia da rede internacional da operadora de telecomunicações do país africano, a Angola Cable, que se baseia em uma linha de cabos submarinos ligando Luanda a Fortaleza. Completando a infraestrutura de comunicação desse evento, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) suportou a ligação até à Universidade de Brasília (UnB), para viabilizar o seminário internacional entre acadêmicos brasileiros e angolanos.

Há menos de três anos essa interação seria impossível. As estruturas hoje existentes permitem que o sinal de interligação dedicado entre Angola e Brasil tenha a qualidade necessária para que este tipo de intervenção aconteça. Através da conectividade disponibilizada pela Angola Cables e o SW de gestão de videoconferência da RNP, foi possível viabilizar a transmissão com qualidade e a um custo permissível de suporte pelas organizações.

Atualmente, a conectividade ainda necessita percorrer distâncias enormes, entre Angola e a Europa, passando pelos Estados Unidos, para chegar ao Brasil. Mas assim que a Angola Cable colocar em operação seu sistema de cabos submarinos, o SACS – South Atlantic Cable System, no primeiro trimestre de 2018, este tipo de serviços terá ainda mais qualidade, a custos ainda mais competitivos.

A instalação do SACS encontra-se em estágio avançado e este será o primeiro cabo submarino de fibra ótica a atravessar o Atlântico Sul, conectando diretamente as cidades de Fortaleza e Luanda. Segundo a operadora angolana, isto abrirá um novo leque de oportunidades de negócios entre a África e a América do Sul, além de aproximar os mercados do Oriente Médio do Leste da Ásia ao Brasil.