Astec amplia foco na mineração pesada

Por Rodrigo Conceição Santos (da M&T Expo – 29.11.2018) –

A busca da norte-americana Astec agora é para ampliar negócios na mineração pesada. É o que revela José Rogério de Paula e Silva, principal executivo da operação brasileira da empresa. Segundo ele, a empresa avançou bem no setor de agregados desde o estabelecimento da fábrica local em Betim (MG) em 2015, mesmo considerando os baixos volumes de mercado impostos pela crise econômica e pela baixa demanda da construção civil.

Na mineração pesada, contudo, a investida desde ano é clara, inclusive pela contratação de Silva, que é engenheiro de minas e milita há mais de 30 anos no setor. “Acreditamos que haverá uma grande corrida por minerais nos próximos anos para atender demandas evolutivas como o carro elétrico, que fará alta utilização de grafite, manganês e areia de alta pureza. Se, somado a isso, tivermos o avanço de regulamentações por parte do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), como a liberação de mais de 20 mil áreas de pesquisa mineral inscritas, vislumbramos um setor pujante para a aquisição de equipamentos de alta tecnologia como os nossos”, diz o executivo.

Antes mesmo desses avanços, ele revela, a demanda da mineração pesada já justifica o foco pelo crescimento deste ano. Isso, aliás, teria balanceando a representatividade das vendas de equipamentos para pedreiras, mas Silva pondera que essa estratégia não reduz a atuação no setor de agregados. “Pelo contrário, e a prova disso é que o nosso principal lançamento aqui na M&T Expo é a peneira de alta frequência Vari Vibe, que passa a ser fabricada no Brasil para atender, entre outros, a produção de areia artificial a seco ou com baixa umidade”, diz.

Esse equipamento completa o portfólio nacional de britagem da Astec, que avalia a restrição de areia natural nos grandes centros como fato irreversível e que demandará cada vez mais areia industrializada, com produção em escala e de qualidade.