Boom…, underground!

Por Rodrigo Conceição Santos – 12.02.2016 – 

Novidade apresentada pela unidade norte-americana da Schwing-Stetter mostra que bomba-lança pode ser adaptada para realizar concretagem de fundação.

Na semana passada, durante a World of Concrete (WOC), em Las Vegas, a Schwing-Stetter apresentou algumas novidades para distribuição de concreto industrializado e uma delas foi o Tremig Boom, que consiste na adaptação em bombas-lança de concreto para realizar fundações.

“Retiramos a última seção da lança para balancear a equação de peso e instalamos uma tubulação metálica rígida na vertical, em direção do solo”, explica Luiz Polachini, executivo brasileiro, com cargo de gerente comercial para a América Latina, mas que integrou a equipe comercial que apresentou as novidades da fabricante nos EUA durante a WOC.

Na exposição, a Schwing-Stetter demonstrou uma bomba-lança de 36 toneladas na qual foi instalada uma tubulação de fundação de 10 metros de extensão. “A operação é muito simples: essa tubulação é introduzida na perfuração, feita previamente no solo. O concreto vai sendo depositado e a tubulação vai erguendo de acordo com a concretagem”, explica Polachini.

Mais soluções
A automação também foi uma das novidades da Schwing-Stetter. Buscando uma forma de atender às normas americanas de produção e mistura de concreto, a engenharia da empresa pensou em amarrar, sistemicamente, todo o ciclo de mistura do balão da auto-betoneira. E conseguiu, com uma tecnologia chamada SCT.

IMG_3495Uma das finalistas do prêmio de inovação da World of Concrete, a solução necessita apenas de um “play” do operador para começar a controlar tudo que acontece durante a mistura do concreto na betoneira. “Após acionado o SCT, o balão, ainda parado, começa a girar na rotação ideal para a qualidade da mistura do concreto, de acordo com o que rege a normatização norte-americana”, diz Luiz Polachini. “Mas, quando o caminhão começa a andar, a tecnologia ajusta automaticamente essa rotação de acordo com o tempo previsto para a viagem”, completa.

Outra situação de exemplo é quando o caminhão está subindo uma ladeira. Nessa circunstância, não é incomum que o concreto caia para fora do balão, gerando desperdício e todos os problemas de limpeza urbana e ambientais atrelados a isso. “Novamente, o sistema, automaticamente, entra em ação, jogando, nesse caso, a mistura mais para o fundo do balão, a fim de evitar o derramamento”, explana Polachini.

Pelo fato de fazer com que o balão gire somente o necessário, a unidade norte-americana da Schwing-Stetter (que é praticamente o dobro da brasileira, com 350 funcionários atualmente) mediu que os balões podem durar até duas vezes mais ao não sofrerem desgaste excessivo em suas paredes. “Além disso, a homogeneidade da mistura é garantida de acordo com as normas e ainda é possível economizar até 15% de combustível, em comparação à operação tradicional e sem controle”, completa o executivo.