Brasília ganhará data center modular e conteinerizado

Da redação – 18.03.2016 – 

Empreendimento será inaugurado no final de março, recebeu investimentos de R$ 18 milhões e nasce com 10% da capacidade total de 30 contêineres.

A computação em nuvem – ou cloud computing, da sigla em inglês – está virtualizando quase tudo no mundo corporativo. Exceto, é claro, a necessidade de infraestrutura física de telecomunicações e dados. E aí entra o projeto da Vert, empresa especializada na integração de TI e telecom (TIC): uma fazenda de data centers modulares, que podem ser instalados vertical e horizontalmente.

Com capacidade para 30 deles, mas começado com os primeiros três, o empreendimento recebeu investimentos de R$ 18 milhões na etapa de implantação. Hoje, o trio de contêineres atenderia uma demanda de 100 mil máquinas virtuais. No futuro, com capacidade plena, a meta é chegar a 1 milhão. Até 2021, a empresa aplica outros R$ 15 milhões no projeto (não computados para a ativação da estrutura em si de contêineres), complementando o aporte inicial.

Parceria com chinesa Huawei permitiu uso da tecnologia 

Para ativar a tecnologia, a Vert tem um acordo com a gigante chinesa Huawei, fornecedora dos equipamentos. Com eles, a companhia brasileira desenhou o seu conceito, o qual envolve a operação do conjunto de contêineres formado pelo da central de água gelada, pelo do banco de baterias e pelo de tecnologia de informação (TI).

Com essa configuração, a empresa mantém as duas principais demandas de uma instalação como essa: sistemas de suprimento de energia redundantes e o sistema de resfriamento para os servidores. A redundância acontece com a presença de circuitos elétricos e de ar condicionado em duplicata e autonomia adicional de mais de 74 horas (sem reabastecimento) com motores grupos geradores. Lembrando que a energia primária vem da concessionária local.

Outro componente importante é a interligação com as operadoras de telecomunicações. Nesse caso, o local de implantação do data center foi definidor. De acordo com Sérgio Marques, presidente da Vert, a escolha do Setor de Oficinas (SOF) Norte, na capital federal, já tem a configuração de uma cidade digital, o que deve atrair outros empreendimentos complementares.

Empresa aposta na infraestrutura como serviço

O executivo lembra ainda que as características do centro de dados permitiram o recebimento do selo de Tier 3 em termos de padrão mundial de segurança e disponibilidade. Uma vez operacional, o empreendimento vai operar com o conceito de Hiperconvergência em Alta Densidade com a criação de ambientes e serviços que incluem o de teste de homologação de contêineres, servidor em nuvem e opção de colocation, entre outros.

“Estamos apostando na tendência de data centers como serviço, pois é uma prática que vem se tornando cada vez mais procurada pelo mercado”, acrescenta Marques. A Vert, segundo ele, atende cerca de 300 clientes no país e o data center de Brasília poderá empregar 60 profissionais até o final do ano.