Brookfield assume controle da Odebrecht Ambiental

Da Redação – 26.04.2017 –

Empresa, que é a maior concessionária privada de saneamento do Brasil, passa a se chamar BRK Ambiental. Iniciativa significa que multinacional assume os 70% que pertenciam ao grupo Odebrecht

Gestora de ativos em vários segmentos, a Brookfield Business Partners LP, junto com outros investidores, passa a deter o controle da Odebrecht Ambiental por um total de US$ 908 milhões. Desse valor, US$ 768 milhões são um pagamento direto e outros US$ 140 milhões serão investidos no capital da BRK Ambiental, o novo nome da companhia. Os 30% restantes da antiga Odebrecht Ambiental pertencem ao fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS).

Aquapolo - Odebrecht Ambiental - São Paulo - SP
Aquapolo, projeto conjunto da ex-Odebrecht Ambiental com a Sabesp em São Paulo

Como se trata de uma empresa bastante especializada, o acordo incluiu a permanência de toda a estrutura técnica, o que, na avaliação da Brookfield, “garante a capacidade técnica-operacional e a manutenção dos compromissos” da BRK Ambiental com os clientes e reguladores. “A entrada dos novos acionistas fortalece a estrutura econômica e financeira da companhia, ampliando seu acesso a novas tecnologias”, argumenta a nova controladora em documento oficial.

Além da injeção de capital, a Brookfield sinaliza uma nova política de transparência e fala em implantar “prontamente diversas políticas de conformidade adotadas pelo grupo globalmente, observando os mais elevados princípios éticos e em acordo com a legislação e regulamentos aplicáveis nas diversas regiões em que a BRK Ambiental atua”. Para bom entendedor, o recado está dado.

A BRK Ambiental seria, na avaliação da Brookfield, a maior empresa privada de saneamento do país, com presença em mais de 180 municípios e atendendo cerca de 15 milhões de pessoas.  Opera também plantas de tratamento de resíduos e água para operações industriais. Já a gigante multinacional investe e administra ativos em mais de 30 países. Atualmente, ela possui US$ 250 bilhões investidos nos segmentos de energia renovável, imobiliário, infraestrutura e private equity. Ela detém aproximadamente R$ 43 bilhões em ativos sob gestão no Brasil e suas operações geram cerca de 16 mil empregos.