Com 5G, redes industriais cabeadas podem ter seus dias contados

Redação – 07.11.2019 –

Avaliação é de executivo da Orange Business Services para a América Latina

Embora eficientes, as redes ethernet usadas em muitas corporações, inclusive no ambiente de produção, podem ter seus dias contados. Além de exigirem amplo cabeamento como meio físico, elas não vão acompanhar a oferta de recursos, incluindo realidade aumentada, que as redes de quinta geração (5G) devem trazer. A avaliação é de . É claro que o avanço do 5G não será do dia pra noite. Uma busca rápida aqui no site do InfraROI mostra o tamanho dos desafios em investimentos.

Segundo Gonçalves, além do fim das conexões com fio, a vantagem para os vários setores industriais com a chegada do 5G e seu uso como rede corporativa e industrial inclui o aumento da eficiência e controle. “As redes 5G vão mudar de maneira definitiva a vida de todas as pessoas. Segundo uma pesquisa da Opensignal, a velocidade de download dos usuários de smartphones com tecnologia 5G nos Estados Unidos pode chegar a 1815 Mbps (megabits por segundo). No 4G, a média é de 22 Mbps . Ou seja: o 5G possibilita downloads 82 vezes mais rápidos em relação ao 4G”, explica em artigo publicado nessa semana.

Ele destaca os desafios da empreitada. “Um ponto crucial para a aplicação efetiva do 5G na realidade industrial é a sinergia entre a área de TI e a área de operações, o chamado chão de fábrica ou TO (Tecnologia Operacional)”, destaca. “Afinal, com uma tecnologia tão potente de conexão, o trânsito de dados deve atingir proporções nunca vistas. Com TI e TO trabalhando juntas, esses dados podem se tornar balizadores valiosos para o aumento da produtividade e da segurança (tanto a cibernética quanto a dos trabalhadores do chão de fábrica)”, completa.

Alguns dos recursos do 5G são vistos por Gonçalves como ainda mais interessantes, caso do ou fatiamento de rede. De acordo com ele, o network slicing, nome em inglês, permite a separação do tráfego de rede para determinados objetivos como, por exemplo, aumentar a velocidade de resposta de determinado ativo da indústria de acordo com as necessidades de produção. O executivo lembra ainda que a própria indústria tem discutido o assunto em fóruns específicos como o 5G-ACIA, que junta indústrias de automação, engenharia e processos, e operadoras e fornecedores de telecomunicações, além de vários institutos científicos.