Condomínio logístico adota tratamento de efluentes sem uso de química

Redação – 15.02.2019 –

Os dejetos da instalação, localizada na Grande São Paulo, são tratados por bactérias naturais e devolvidos com 98% de pureza

 

 

Administrado pela Retha, o condomínio logístico CBSK, em Itapevi (SP), não utiliza nenhum produto químico em seu processo de purificação da água. Os dejetos seguem para a Estação de Tratamento de Efluentes e são tratados por bactérias naturais e a água é devolvida ao rio que corre junto ao condomínio com 98% de pureza. O investimento na construção da estação foi de R$ 700 mil.

Para Marino Mário da Silva, diretor presidente da Retha, o aporte compensou. Além da sustentabilidade, ele lembra que os condomínios de galpões e centros logísticos ficam geralmente afastados das áreas residenciais, ou seja, não existe estrutura de saneamento adequada. “A melhor maneira de fazer esse tratamento é pelo processo biológico, onde conseguimos devolver a água ao meio ambiente com quase 100% de pureza, sem química”, destaca o executivo.

A estação é instalada em uma vala, tendo com base uma camada de areia grossa (mínima de 50 cm) com granulometria predefinida (semelhante a um filtro de areia reduzido). Dentro da estação de tratamento, o processo de purificação dos dejetos é feito apenas por bactérias anaeróbicas. Consiste em uma estrutura retangular de polietileno, contendo em seu interior placas termo formatadas, envolvidas em manta geotêxtil.

Para alimentar estação deve ser utilizado um tubo perfurado de 100 mm, posicionado no centro, possibilitando a distribuição uniforme do efluente sobre as placas. A eficiência após um tanque séptico bem dimensionado pode chegar a 98% de remoção de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). A tecnologia de construção da ETE é da empresa Rotogine.