Conheça as novas tecnologias que as operadoras de telecom estão adotando em sua infraestrutura

Por Huba Rostonics – 30.05.2016 – 

Gerente de Marketing para America Latina da Viavi Solutions, detalha como cinco novas frentes podem mudar as redes no Brasil. Além delas, o especialista aponta outras tendências para além de 2016. 

Em 2016, as operadoras ainda são cobradas a melhorar a experiência do consumidor e reduzir gasto. Cinco novas tecnologias irão mudar as redes no Brasil: Virtualização das funções de rede (NFV, na sigla em inglês), voz sobre LTE e chamadas por WiFi, redes auto organizadas e a ascensão da nuvem. Apesar dessas tecnologias terem sido discutidas e apresentadas há algum tempo, o desafio do próximo ano será garantir seu funcionamento para maximizar a rentabilidade de oportunidades de negócio. Alcançar estes benefícios irá demandar visibilidade de ponta a ponta, por dispositivos diversos e todas as partes da rede.

Network Function Virtualization (NFV)

A virtualização das funções de rede reduz custos enquanto aumenta a flexibilidade e velocidade de serviço. Apesar de já termos diretrizes de indústria para implementação desta tecnologia, a gestão e orquestração necessárias para realmente habilitar a NFV ainda estão em sua infância. Ao longo de 2016 devemos ver um crescimento em testes e soluções de garantia para verdadeiramente garantir insights de performance acionáveis para ambientes de rede virtualizadas.

Voz sobre LTE (VoLTE) e chamadas por WiFi (VoWiFi)

O rápido crescimento em VoLTE irá continuar este ano conforme ele se torna o serviço de voz de fato no lugar do serviço de voz legado. Mas de acordo com Paul Gowans, Diretor de Estratégia Wireless da Viavi Solutions, essa tecnologia pode existir em uma ilha. Ela precisa evoluir para refletir a forma que as pessoas se comunicam hoje, que não engloba apenas serviços de voz, mas também dados, mensagens em mídias sociais, vídeos e serviços multimídia. É preciso maior controle sobre parâmetros de performance e entradas para garantir as necessidades dessas aplicações, além de visibilidade para reagir em tempo real para comportamentos inesperados dos consumidores.

Redes auto organizadas (SON, na sigla em inglês)

Essa tecnologia é a chave para um futuro conectado. Ao automatizar a configuração, otimização e reparo da rede, isso libera recursos operacionais para focar no que realmente importa – melhor qualidade da experiência e alinhar receita para otimização da rede. Com o número de “coisas” conectadas crescendo vertiginosamente, gerir e acompanhar o número de dispositivos requer uma abordagem automatizada que também tenha um novo grupo de garantias de rede, um desafio que as operadoras terão que encarar a partir deste ano.

Cloud computing ou computação nas nuvens

A computação em nuvem continuará a crescer em tamanho e importância, conforme novas aplicações que conduzem tráfego na rede são hospedadas na nuvem e há uma migração de aplicações corporativas acontecendo. Esse crescimento é impulsionado por provedores de serviços de nuvem over-the-top (OTT) e adoção de nuvens híbridas, de acordo com estudo do EMC 83% dos participantes já usa ou pretende usar um ambiente de nuvem híbrida. Teremos mais data centers focados no Brasil e região, além provedores de serviços em nuvem no país, se estabelecendo ou expandindo operações já existentes. Essas operações irão otimizar a entrega de conteúdo e segmentação, enquanto suprem uma demanda crescente por nuvens privadas corporativas de empresas brasileiras.

Para 2016 e próximos anos

Com novas funções e serviços surgindo ao envolver hábitos de usuários e demandas, a rede simplesmente não consegue ficar estagnada. Com a aproximação e crescimento dessas tecnologias, operadoras precisarão de modos mais sofisticados para garantir o funcionamento sem falhas da rede. Em 2016, esperamos não apenas ver as redes evoluírem, mas também que as organizações capturem e usem análises para garantir segurança e otimização de forma a se adequar as demandas dos consumidores.