Construtora investe R$ 40 milhões na expansão em SP

Da Redação – 29.06.2016 – 

Metade do aporte recebido pela Tecverde foi feito pelo fundo americano Global Environment Fund (GEF). Empresa adota modelo de construção e incorporação e tecnologia sustentável chamada de woodframe.

A paranaense Tecverde, que tem empreendimentos no seu estado de origem e em Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, agora entra em São Paulo. A porta de entrada é Campinas, onde será adotada a mesma estratégia que tem feito a construtora dobrar seu tamanho desde que foi fundada em 2010: o investimento na tecnologia construtiva woodframe, que substitui a alvenaria tradicional por estruturas de madeira. Para avançar em São Paulo, a companhia investe R$ 40 milhões, dos quais a metade vem do fundo norte-americano GEF e os outros 50% de aporte próprio. O foco em Campinas são os condomínios horizontais.

Além da tecnologia específica adquirida, a Tecverde tem um modelo de negócio que envolve o fornecimento de casas montadas ao dono da obra e o desenvolvimento imobiliário, incluindo a incorporação com parceiros. No primeiro caso, a companhia opera com o que chama de Kit Tecverde, que representaria cerca de 65% do escopo da obra (os restantes 35% envolvem fundação e outras etapas). Pelo sistema de woodframe, a Tecverde avalia que a construção fique pronta na metade do tempo em relação ao método convencional e um custo reduzido em até 10% quando comparado à alvenaria.

“Com a desaceleração do setor imobiliário, ganhamos força como solução construtiva de grande rentabilidade ao investidor. Oferecemos uma operação altamente industrializada com a maior e mais automatizada fábrica de casas da América Latina”, argumenta Caio Bonatto, CEO da Tecverde. De acordo com, a empresa opera com capacidade para 4 mil casas/ano, com meta de dobrar o volume até 2017 em função dos investimentos de R$ 15 milhões feitos na unidade industrial no Paraná.

A construtora já contabiliza mais de 85 mil metros quadrados construídos com a tecnologia Tecverde no Brasil entre empreendimentos do Minha Casa Minha Vida e casas de alto padrão. Em termos de população atendida, o volume chegaria a 10 mil pessoas.