Empresa brasileira cria sistemas anti-vandalismo para rede de telecom

Da Redação – 23.02.2016 – 

Desenvolvidas pela Clemar Engenharia, soluções envolvem abrigos subterrâneos e postes especiais, os quais substituem armários metálicos de rua.

O vandalismo aos armários de rua das operadoras de telecomunicações, dispositivos metálicos que abrigam componentes de rede externa, é uma prática corrente no Brasil. Para evitar esse tipo de problema, algumas empresas de engenharia, caso da Clemar, têm criado sistemas para evitar o vandalismo e o roubo de componentes. A empresa catarinense criou duas alternativas: um abrigo subterrâneo para o caso da infraestrutura enterrada, e um poste especial, que abriga internamente equipamentos de telecom.

Segundo Índio Chagas Lucio, gerente de Implantação de Missão Crítica da Clemar, as tecnologias permitem que as operadoras atendam os pedidos expressos de algumas prefeituras, em função de reduzir o impacto visual nas cidades. De acordo com ele, as soluções foram criadas pela própria fabricante e são produzidas na unidade industrial da empresa.

Para facilitar a manutenção, o abrigo subterrâneo possui um sistema de elevação dos equipamentos, permitindo uma operação ergonômica e segura em caso de necessidade de intervenção. Mais acessíveis, os postes foram desenvolvidos com um mecanismo de dissipação de calor, evitando que o aquecimento possa afetar o funcionamento dos dispositivos instalados no seu interior.

Abrigo subterrâneo, com sistema elevatório
Abrigo subterrâneo, com sistema elevatório

Além do mercado de infraestrutura externa de telecomunicações, a empresa sulista também investe no segmento de data center. A novidade são contêineres metálicos, revestidos por material isolante especial, garantindo segurança de até 90 minutos contra incêndio externo, uma boa alternativa para centro de dados. A tecnologia, nesse caso, veio da parceira da Clemar, a companhia inglesa Remtech.

De acordo com a fabricante brasileira, a solução em contêiner também pode ser personalizada. “Com os três produtos, vamos trabalhar o mercado brasileiro ao longo de 2016”, finaliza Lucio.