Empresa de tecnologia aposta em modelo disruptivo para atender setores de infraestrutura

Por Nelson Valêncio – 27.11.2015 –

Foto de Divulgação
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Com DNA de engenharia, a Construtivo é uma empresa de tecnologia pioneira no conceito de nuvem. Desde 1999, a companhia brasileira (antes controlada pela BtoBen, venture do Santander espanhol) oferece sua plataforma de colaboração para projetos de engenharia de infraestrutura. Chamado de Colaborativo, o software está em sua terceira versão e também passou a ter a opção mobile. Nessa entrevista Marcus Granadeiro, diretor da Construtivo, explica como a empresa se posicionou no mercado de infraestrutura, com destaque para os segmentos de energia e metroferroviário. Entre seus clientes estão corporações como CSN, Voith, CPFL, ABB, Planserv Vetec, Cyrela Sul, Direcional, Makro, UHE Belo Monte, Norte Energia, Rumo e Raízen.

Infraroi: Qual era a inovação da Construtivo, quando vocês entraram no mercado no final da década de 1990
Marcus Granadeiro: O conceito de solução em nuvem, o que melhorava o processo de colaboração entre profissionais da área de projetos de engenharia envolvidos com obras de construção civil, principalmente imobiliária. A empresa era uma multinacional, controlada pelo Santander, que depois tornou-se independente. Nesse processo, mudamos o foco para infraestrutura, que é um mercado mais maduro, com uma demanda forte de controle de processo e rastreabilidade. E muito mais aderente à oferta que temos.

Infraroi: No mercado de infraestrutura, quais são as principais verticais onde vocês atuam?
Granadeiro: Temos uma penetração maior nos segmentos metroferroviário e de energia. Nesse último, praticamente todos os consórcios de grandes usinas hidrelétricas em construção nos últimos anos adotaram o Construtivo, incluindo os megaprojetos de Belo Monte e de Santo Antônio. Os usuários podem ser tanto o cliente final, ou seja, as empresas que formam o consórcio, ou os projetistas envolvidos nas obras. No segmento metroviário, um exemplo recente de usuário é o do consórcio construtor da Linha 2, em São Paulo. Começamos a “evangelizar” esse setor por volta do ano 2000.

Infraroi: Qual foi o motivador que impulsionou a adoção nessa área?
Granadeiro: O melhor planejamento dos aditivos de contrato. Quando o projetista era acionado para fazer mudanças, havia o registro das modificações extracontratuais e isso permitiu um histórico de controle muito mais eficiente.

Infraroi: Vocês concorrem com provedores internacionais, com plataformas similares. Como conseguem espaço?
Granadeiro: Sendo flexíveis na personalização. Os players internacionais são lentos ou pouco flexíveis para atender as demandas dos clientes locais, barreira que não temos em função de nossa operação ser local e de termos profissionais gabaritados – e próximos – para fazer essas mudanças.

Infraroi: E o crescimento da Construtivo, acontece de que forma?
Granadeiro: Temos uma expansão para outros segmentos de infraestrutura, caso do mercado de saneamento, incluindo o uso da Colaborativo no gerenciamento de obras da Sabesp, e, por incrível que pareça, a retomada do uso da plataforma no mercado de construção imobiliária. Isso, muito regionalmente, tanto é que abrimos uma operação em Porto Alegre para atender esse último mercado.

Infraroi: Como a crise atual, com forte impacto no mercado de infraestrutura, atinge vocês?
Granadeiro: Por um lado, temos uma negociação mais complexa com alguns clientes que passam por mais dificuldades, mas também há um aspecto positivo. A execução das obras em projetos de infraestrutura exige uma transparência maior em todos os sentidos, o que nos favorece.

Infraroi: Trabalhar na nuvem exige outro tipo de infraestrutura robusta, que são os servidores. Como vocês estão estruturados nessa área?
Granadeiro: Temos uma estrutura própria e a alocação de servidores em uma grande data center. Em termos de atendimento, nossa equipe de front office é formada por engenheiros civis e arquitetos, o que facilita o entendimento com o cliente final. O back office é formado por especialistas em tecnologia da informação. Já o Colaborativo está em sua terceira versão e temos um roadmap para a quarta, além da disponibilização no formato mobile, que pode ser acessado por devices como smartphones.

Infraroi: E o modelo de negócios, como funciona?
Granadeiro: Como SaaS, ou seja, software como serviço. O pagamento é mensal e sem limitação de usuários. Em geral, a ativação da plataforma acontece entre 15 e 30 dias. É um modelo disruptivo. 

Empresa de tecnologia aposta em modelo disruptivo para atender setor de infraestrutura

Por Nelson Valêncio – 26.11.2015 –

Com DNA de engenharia, a Construtivo é uma empresa de tecnologia pioneira no conceito de nuvem. Desde 1999, a companhia brasileira (antes controlada pela BtoBen, venture do Santander espanhol) oferece sua plataforma de colaboração para projetos de engenharia de infraestrutura. Chamado de Colaborativo, o software está em sua terceira versão e também passou a ter a opção mobile. Nessa entrevista Marcus Granadeiro, diretor da Construtivo, explica como a empresa se posicionou no mercado de infraestrutura, com destaque para os segmentos de energia e metroferroviário. Entre seus clientes estão corporações como CSN, Voith, CPFL, ABB, Planserv Vetec, Cyrela Sul, Direcional, Makro, UHE Belo Monte, Norte Energia, Rumo e Raízen.

Infraroi: Qual era a inovação da Construtivo, quando vocês entraram no mercado no final da década de 1990?

Marcus Granadeiro: O conceito de solução em nuvem, o que melhorava o processo de colaboração entre profissionais da área de projetos de engenharia envolvidos com obras de construção civil, principalmente imobiliária. A empresa era uma multinacional, controlada pelo Santander, que depois tornou-se independente. Nesse processo, mudamos o foco para infraestrutura, que é um mercado mais maduro, com uma demanda forte de controle de processo e rastreabilidade. E muito mais aderente