Geração distribuída avança no Brasil

Da Redação – 02.02.2017 –

País já conta com mais de 7.600 conexões que fazem a autogeração de energia no ponto de consumo, utilizando fontes renováveis a melhorando a segurança do sistema.

A geração distribuída ainda é um conceito estranho ao modelo adotado pelo Brasil para o sistema elétrico, mas, aos poucos, avança com a adoção de diversos projetos de micro e minigeração de energia no ponto de consumo. Para um país cuja geração de energia se baseia em grandes usinas hidrelétricas – ou termelétrica – geralmente instaladas distantes dos centros consumidores, este fato contribui para a maior segurança do sistema.

Com os estímulos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para esse tipo de instalação, nos últimos quatro anos o número de conexões de geração distribuída saltou de zero para mais de 7.600 em todo o país. Elas totalizando uma potência de 73.569 kW, o suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências. O campeão em projetos de micro e minigeração no ponto de consumo é o estado de Minas Gerais, com 1.644 conexões, seguido por São Paulo (1.369) e Rio Grande do Sul (769).

A modalidade de energia renovável mais utilizada, nesse caso, é a fonte solar fotovoltaica, com 7.528 conexões, e as instalações estão predominantemente concentradas entre consumidores residenciais (5.997) e comerciais (1.186). A Aneel conta com o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), cujo objetivo é que, até 2030, cerca de 27 milhões de unidades consumidoras do país adotem a autogeração de energia por meio de fontes renováveis.

A meta é chegar a um total de 23.500 MW em conexões locais de geração distribuída, o equivalente à metade do que produz a usina hidrelétrica de Itaipu. Com isso, o Brasil pode evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. “Além de possibilitar uma redução nos custos de energia para o consumidor, a geração distribuída traz vantagens ao sistema elétrico, como a redução de perdas e o custo evitado na ampliação das linhas de transmissão, o aumento na segurança do abastecimento e o ganho ambiental, pois estes projetos são totalmente sustentáveis”, afirma Romeu Rufino, diretor geral da Aneel.