Japoneses usam robô para recuperar área em Fukushima

Da redação – 03.02.2016

Equipamento foi desenvolvido pela Toshiba, a mesma fabricante do reator adotado usina 3, a mais perigosa em termos de radiação

O desastre ocorrido na usina nuclear de Fukushima no Japão ainda tem consequências graves e o principal foco de atenção é o reator 3. Diferentemente de seu congênere – o reator de número 4 – que foi desativado a tempo, o reator 3 sofreu uma explosão de hidrogênio, com a emissão de radiação alta, o que impede a intervenção humana e que já levou à ocorrência de cânceres na população da região, entre outros problemas. Agora, a dona da usina, a Tokyo Eletric Power Co, acaba de anunciar o uso de um robô para retirar os destroços, incluindo 566 barras de combustível nuclear.

Sistema de suporte ao robô da Toshiba
Sistema de suporte ao robô da Toshiba

Desenvolvido pela Toshiba, a mesma fabricante do reator, o equipamento é movido a controle remoto e possui braços flexíveis para cortar e segurar as barras de combustíveis, hoje mergulhadas na “piscina” de resfriamento do reator. A máquina personalizada acabou superando tecnicamente outros robôs que foram apresentados numa competição internacional, envolvendo especialistas. De acordo com o Japan Times, jornal publicado em Tóquio, os trabalhos de recuperação começam em 2018. Ainda segundo o informativo, os efeitos de radiação devem perdurar ainda pelos próximos 30 a 40 anos.

Paralisado a tempo, o reator 4 foi desmontado de forma mais tranquila. A concessionária de energia conseguiu extrair as 1.535 barras de combustível nuclear sem grande dificuldade.