Maior túnel da Península Ibérica terá sistema inteligente de tráfego

Da Redação – 20.07.2015 –

Em construção em Portugal, o Túnel Marão terá cerca de 6 km de extensão e será o maior do país e da Península Ibérica. Os contratos de obras somam mais de 7,5 milhões de euros e um deles, assinando com a Indra, prevê para o desenho, instalação e implantação dos sistemas inteligentes de tráfego (ITS), além de controle e comunicação do túnel.

O centro de controle do túnel Marão será equipado com a solução para a gestão de tráfego e túneis Horus, de desenvolvimento da Indra e que integra e permite governar de forma centralizada os diferentes sistemas inteligentes de tráfego (ITS) dispostos no túnel. A multinacional também implantará sistemas de detecção automática de incidentes (DAÍ) e videovigilância por meio de circuito fechado de televisão (CCTV), além sistemas de sinalização, detecção de incêndios, comunicações, megafonia, postes de auxilio, controle de bitola e de mercadorias perigosas.

A tecnologia de videovigilância permite detecção automática de incidentes, baseado em visão artificial, o que deve facilitar a reação imediata perante eventos que possam colocar em risco a segurança do usuário ou a circulação na via. Com isso, por exemplo, os veículos podem ser direcionados a transitar de forma bidirecional, por uma única faixa de rodagem caso seja necessário, sem precisão de interromper a circulação. A solução da Indra também incorpora um novo sistema de controle de mercadorias perigosas mediante videovigilância e algoritmos de reconhecimento de matrículas.

De acordo com a Indra, o alto nível de automatização das operações facilitará a gestão rápida e precisa de tudo o que ocorra no túnel, tanto na gestão cotidiana como em situações de emergência.

Outras instalações
A Indra também vai instalar o Horus no centro de controle da linha 2 do metrô de Mashhad, no Irã. A companhia será responsável pelo desenho e instalação do controle de ventilação do túnel, que inclui o fornecimento de 13 estações remotas de comunicação redundantes, sensores ambientais (anemómetros), sistema de detecção de incêndios e equipe para o centro de controle.

Esse projeto conta com parceria da empresa asturiana Zitron e da iraniana Garivekan, com as quais a Indra firmou consórcio. Esse mesmo modelo de operação será usado no Túnel Marão, em Portugal, e já foi atestada no túnel de Toheed, em Teerã, capital do Irã, há cinco anos.