Mercado de equipamentos está no pior nível, segundo Sobratema

Por Rodrigo Conceição Santos – 10.11.2017 –

Ano deve fechar com menos de 7,8 mil unidades comercializadas. Mercado já foi de 33 mil máquinas, no auge, em 2013.

A Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) divulgou ontem o estudo anual sobre o mercado brasileiro de equipamentos para construção e o resultado, resumidamente, é que o mercado está no seu pior nível já medido. O estudo da entidade começou avaliando o ano de 2006, quando foram vendidos quase 7,9 mil equipamentos da linha amarela. Para este ano, a projeção é que menos de 7,8 serão comercializados até o fim de dezembro.

O jornalista e economista Brian Nicholson, responsável pelo estudo, explica que foram ouvidos 16 fabricantes, 30 empresas compradoras e 12 distribuidores. Houve ainda cruzamento com dados de entidades como Abimaq, Anfavea, Anfir e Cece. “O mercado de linha amarela teve queda de 9% em relação a 2016, quando foram vendidos 8,6 mil equipamentos. No maior nível histórico, em 2013, foram vendidas 33 mil unidades, o que mostra o hiato do setor”, diz ele.

O número negativo surpreendeu até os mais pessimistas. No estudo da Sobratema também é questionada a perspectiva para o ano seguinte e em 2016 os respondentes previam um ano seguinte difícil, mas ele foi pior ainda do que o previsto, segundo Nicholson. Todavia, houve diferença entre o relato de empresas de portes distintos, sendo que as construtoras menores reportagem cenário menos complicado. “E isso fica explicito no otimismo questionado para 2018, quando as construtoras com frota inferior a 200 equipamentos têm expectativa de compra positiva em 13%, enquanto as maiores construtoras, com frota acima de 500 unidades, preveem comprar ainda 30% menos que em 2017”.

Mercado de equipamentos de construção cai novamente em 2016
No computo das expectativas, no entanto, a projeção da Sobratema é de que haverá crescimento de 8% nas vendas de equipamentos da linha amarela, devendo fechar o ano que vem com quase 8,4 mil unidades comercializadas. “Também questionamos sobre as perspectivas para além de 2018, quando o cenário do mercado deverá ter diferenças aquém do menor volume de negócios”, conclui ele, referindo-se a maior oferta de equipamentos usados, menos crédito e aumento da concorrência entre os fornecedores de peças, serviços e equipamentos.