Pacote de concessões e privatizações soma R$ 44 bilhões  

Da Redação – 24.08.2017 –

Valor é a soma do que vai ser arrecadado ao longo da vigência dos contratos, segundo Agência Brasil

Sem Viracopos na lista, mas com peso pesados como o aeroporto de Congonhas e o restante da participação acionária no Galeão e em Guarulhos, o novo pacote de concessões e privatizações envolve 57 projetos. Outra joia da coroa é a venda de parte da Eletrobras como já tinha sido antecipado pelo governo federal durante a semana. Do total de empreendimentos que devem ir à leilão, constam a administração de 14 aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários. Se tudo der certo, o volume renderá R$ 44 bilhões durante a vigência dos contratos.

O processo foi desenhado pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), que incluiu no bolo um programa de desestatização rodovias, a Casa da Moeda, a Lotex e a Companhia Docas do Espírito. Somente para as novas concessões na área de transportes a expectativa é de gerar R$ 8,5 bi aos cofres combalidos do governo.

Os aeroportos, por sua vez, devem ser licitados em quatro blocos, sendo que Congonhas, segundo maior do país com movimento de 21 milhões de passageiros por ano, fica sozinho. Um segundo bloco abrange os aeroportos do Nordeste (Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife). O terceiro é formado pelos terminais localizados no estado de Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Ala Floresta, Barra do Garça e Rondonópolis). Pra fechar: o quarto bloco inclui os aeroporto de Vitória e de Macaé.

Ainda no setor aeroportuário será realizada a alienação da participação acionária da Infraero (49%) nos aeroportos de Guarulhos, Confins, Brasília, e Galeão, que já foram licitados.

Na área e energia, os lotes de linhas de transmissão – com licitação prevista para dezembro –  estão distribuídos em dez estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas, Gerais e Tocantins. Segundo o documento oficial divulgado ontem, dia 23, no final da tarde, “o modelo de remuneração e as taxas de desconto fazem com que os investidores enxerguem as linhas de transmissão como investimento de renda fixa”.