Pare e repense a obra: a computação cognitiva já pode tê-la defasado

Por Rodrigo Conceição Santos – 01.07.2016 –

A combinação de internet das coisas e computação cognitiva promete revolucionar as construções, que deverão ser capazes de mapear qualquer movimentação em portas, janelas, salas de reuniões e o que mais a criatividade permitir.

computação cognitivaTalvez você já tenha ouvido falar de tecnologias que cruzam dados e aprendem sozinhas a evoluir com base neles para uma informação mais consolidada. Essa é a computação cognitiva. Agora, imagine isso atrelado a milhares de sensores que mapeiam os mais diversos comportamentos dentro de uma edificações, incluindo abertura de portas e janelas, cadeiras, mesas, salas de reuniões e o que mais a sua criatividade permitir. Pensou? Pois é…, é isso mesmo que a IBM está fazendo.

A tecnologia da divisão IBM Watson promete usar internet das coisas para gerenciar mais de 25 mil edificações no mundo. A tecnologia aproveita a expertise adquirida em projetos de IoT instalados em grandes companhias nos últimos anos, e nos quais sensores já atuaram com mais de meio milhão de pessoas coletando dados sobre serviços de limpeza, refeições e até manutenção de equipamentos. Agora, com o incremento da computação cognitiva, o sistema pretende gerar aprendizados automaticamente com dados desse tipo e para isso visa implantar milhões de sensores dentro das edificações, mapeando tudo, até o sistema de ar condicionado.

Os dados são enviados para o servidor virtual da IBM Watson que “ensina” os sensores a trabalhar cada vez melhor na geração de novos dados que otimizem determinado serviço. O objetivo disso é entender como as pessoas usam a edificação e, a partir daí, gerar novas oportunidades para inovação em negócios.

Um exemplo é a instalação de sensores nas entradas para monitorar imediatamente quantos e quem entra no edifício. Num restaurante, essa informação pode ser fornecida para os cozinheiros, que saberão com precisão a quantidade de pessoas para quem preparar as refeições. O restaurante evita desperdícios e elimina custos operacionais desnecessários.

“Com o mercado altamente competitivo, como é atualmente, a gestão e a manutenção de construções não é apenas para redução de custos. É também para gerar eficiência e diferencial competitivo”, diz Jeff Gravenhorst, CEO da ISS na IBM Watson. “Com uma visão graficamente amigável, essa tecnologia permite avaliar, num display móvel e em tempo real, as métricas-chave de uma construção, beneficiando os gestores a tomar decisões proativas, flexíveis e sensíveis para melhorar os custos e a entrega do serviço”, completa.

Gravenhorst salienta que colocar dados em tempo real nas mãos dos funcionários pode ajudar a promover a atenção e a inteligência deles, algo que é naturalmente transferido à percepção de atendimento dos clientes.

Como primeiro passo, o sistema já atende a estrutura da sua sede em Copenhagen, onde há milhares de sensores conectados ao IBM Watson e facilitando o gerenciamento de software para melhorar as reservas de quartos e os serviços de refeição para 250 empregados. A próxima fase, garante a empresas, será implementar o sistema de computação cognitiva com internet das coisas em clientes pré-selecionados.