Privatização deve modernizar aeroportos

Da Redação – 19.09.2017 –

Avaliação é da Vinci Aeronáutica, empresa brasileira baseada em São José dos Campos.

Segundo Shailon Ian, fundador e presidente da companhia, a transferências desses ativos para a iniciativa privada deve trazer novas tecnologias para aeroportos defasados. Ao lado da ampliação da estrutura física em si, ele acredita que muitas localidades regionais precisam de equipamentos modernos e que permitem um pouso mais tranquilo por instrumentos. “Essas ferramentas guiam o avião em total segurança até o solo, em qualquer condição climática”, explica Ian. “Hoje, em casos de neblina, por exemplo, aeroportos são fechados até alcançarem condições adequadas para pousos”, acrescenta.

Além de engenheiro aeroespacial formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica(ITA), Ian serviu como tenente durante cinco anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e teve a oportunidade de trabalhar em mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em vários países. Ele lembra que o governo federal prepara a privatização de vários aeroportos, mas ainda não detalhou como será o processo de transferências para a iniciativa privada. Uma das propostas de modelagem discutida em Brasília prevê a oferta de lotes regionais, com uma mistura de terminais lucrativos com balanço deficitário.

Para Ian, o governo não tem recursos para investir em infraestrutura e ampliação dos terminais brasileiros, o que torna o processo de privatização ideal para atender a demanda aérea brasileira crescente. De acordo com o executivo, a privatização vai permitir ainda a ampliação de oferta regional, podendo conectar áreas do território brasileiro até então pouco atendidas pela atual infraestrutura. “O mercado deve ditar as regras para atender às demandas que forem surgindo”, finaliza o especialista.