Rio Branco faz operação de guerra para reforçar captação de água

Da redação – 10.08.2016 –

Seca do Rio Acre leva ao aumento da contenção em estação de tratamento (ETA I)  da capital de 24 para 32 metros. Ações envolvem ainda colocação de bombas na ETA II.

Nem uma capital do Norte do Brasil, caso de Rio Branco, está livre da estiagem. Em função da forte seca atual, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) partiu para ações de guerra. As intervenções acontecem em duas estações de tratamento de água da cidade, as ETA I e ETA II e são diferentes para cada instalação, embora a meta de manter o abastecimento regular de água seja a mesma.

No caso da ETA I, o objetivo é reter um volume maior de água na estação. Para isso, a Depasa aumentou a altura da barreira de contenção de 24 metros para 32 metros. Com o alteamento, a ETA I teve reforçada sua capacidade de tratamento para acima de 500 litros por segundo. No caso da ETA II, a principal intervenção envolveu a instalação de cinco bombas flutuantes.

ETA1 em Rio Branco. Foto  Beto Gurgel.
Barragem de contenção da ETA1. Foto Beto Gurgel.

Segundo o diretor-presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, as iniciativas nas duas estações de tratamento garantem uma produção média de 1,4 mil litros/s, volume que ainda garante o abastecimento à população. “Como o Rio Acre apresenta uma vazão acelerada, as equipes técnicas avaliam e executam ações para que essa média se mantenha. Por isso, evitar o desperdício de água é essencial neste período de extrema estiagem”, argumenta Magalhães.

O diretor não descarta novas medidas da Depasa, caso haja um agravamento da seca. Entre os parâmetros que determinam um cenário desse tipo estaria o nível do Rio Acre: a marca de 1,25 metro na capital seria o indicativo mais grave, conforme o Plano de Contingência de Abastecimento.