Sertão nordestino recebe complexo eólico de R$ 1,8 bi

Da Redação – 23.06.2017 –

O complexo eólico Ventos do Araripe III foi inaugurado neste mês na fronteira de Pernambuco com Piauí. O empreendimento, da Casa dos Ventos, recebeu R$ 1,8 bilhão em aportes e é composto por 14 parques, 156 aerogeradores e potência instalada de 359 MW. Essa energia é suficiente para abastecer 400 mil casas.

“Identificamos um recurso eólico singular na Chapada do Araripe, que nos permitiu gerar energia renovável a baixo custo, com impactos ambientais mitigados e ganhos sociais para as comunidades envolvidas”, diz Mário Araripe, presidente e fundador da Casa dos Ventos.

Além da implantação dos parques eólicos, a Casa dos Ventos construiu a linha de transmissão de 35 quilômetros para conectá-los ao Sistema Interligado Nacional (SIN). “A entrada em operação de Ventos do Araripe III não só consolida a Chapada do Araripe como um dos maiores polos de geração eólica do mundo como também celebra um ciclo de investimento de 1GW em dois estados muito importantes para a companhia”, diz o executivo.

Segundo ele, a implantação do complexo eólico gerou cerca de 1,5 mil empregos diretos, com prioridade para mão de obra local. Além disso, cerca de 70 famílias de Simões (PI) e Araripina (PE) tornaram-se parceiras da Casa dos Ventos, arrendando suas propriedades para instalação dos aerogeradores. Esse modelo, assegura a companhia, permite que as famílias recebam mensalmente uma quantia calculada a partir da energia gerada. “Ao todo, mais de R$ 5 milhões serão pagos anualmente aos moradores locais com propriedades arrendadas para o complexo eólico”, informa a Casa dos Ventos.

Maior carteira nacional
Nos últimos dois anos, a Casa dos Ventos deu início à operação de 5 complexos eólicos, totalizando 1,1 GW e R$ 6,5 bilhões de investimento no Nordeste. Além do que foi executado, a empresa tem um potencial de 15 GW em carteira, considerado o maior do país. “Com a retomada do ciclo de leilões no Brasil, pretendemos seguir viabilizando novos empreendimentos. Esses investimentos são de longo prazo e reforçam nosso compromisso com o caráter renovável da matriz energética brasileira”, conclui Araripe.