Sim, nós podemos ter edificações com consumo zero de energia – InfraRoi
  • O InfraRoi
  • Categorias
    • 100 Open Startups
    • Agricultura
    • Artigos
    • Capital humano
    • cidades inteligentes
    • compliance
    • Concessões
    • Concreto do Futuro
    • Construção
    • Destaques
    • Digitalização
    • Energia
    • Equipamentos
    • Financiamento
    • Fórum Concretagem Produtiva
    • gestão pública
    • Giro de Obras
    • Iluminação pública
    • InfraDigital
    • Infraestrutura social
    • Infraestrutura urbana
    • Inovação
    • Internacional
    • Internet das Coisas
    • ISP Report
    • Johnson Controls
    • Manutenção
    • Mineração
    • Mobilidade urbana
    • Óleo e Gás
    • Pandemia
    • payback
    • Podcast
    • Porto
    • Provedores regionas
    • Regulação
    • Saneamento Básico
    • Sem categoria
    • serviços
    • Telecom
    • Transportes e logística
    • Vídeos InfraRoi
  • Publicidade
  • Contato
Últimas Noticias
Petrobras é a segunda maior do mundo em operações no oceano Mercado imobiliário cresceu 4,5% em SP Aditivos são aliados de produtividade e meio ambiente na construção civil Retrofit: como aumentar a produtividade de instalações industriais a um baixo custo A importância do projeto de rede óptica FTTh Provedores regionais ampliam representatividade em conselho consultivo da Anatel Startup de recarga de bateria avança em São Paulo Energia solar deve gerar 5,4 mil novas empresas em 2021 Quase metades das redes LTE oferecem voz na América Latina Em casa, na rua ou no escritório: o Trabalho Híbrido é a nova realidade corporativa

Sim, nós podemos ter edificações com consumo zero de energia

Por Igor NaKamura (*) – 02.10.2018 – 

Entre utopia de filme para alguns e sonho distante para outros, a realidade é que a proliferação de edificações totalmente autossuficientes no que se refere à produção e consumo de energia já está mais próxima do que muitos imaginam. Na verdade, a cada dia que passa o conceito de NZEB (Net Zero Energy Building), aplicado a prédios que geram a própria energia que consomem, vem ganhando espaço no mercado tanto pelos benefícios econômicos a ele associados, quanto pela festejada contribuição prestada por eles aos esforços de não agressão ao planeta.

Para a efetivação de um empreendimento NZEB (Net Zero Energy Building) dependemos de um conjunto de atividades e processos que devem ser analisados na fase de pré-projeto, projeto, execução e operação, afim de que se obtenha a autossuficiência energética. Para todas essas etapas é fundamental a cooperação de profissionais especialistas em cada seguimento, como: arquitetura, geologia, engenharias, climatologia, entre outros.

Os principais pontos a serem considerados incluem uma análise do solo com relação aos potenciais geotérmicos, despesas quanto à estruturação e impactos ambientais, estudo de clima e aproveitamento dos potenciais naturais quanto à iluminação, ventilação natural, materiais com isolamentos acústicos e térmicos, entre outros.

Existem algumas atividades e sistemas que podemos pensar para atingir a produção de energia “on site” afim de que o edifício tenha o balanço energético zero. Algumas soluções que atualmente são analisadas com a ótica custo x benefício são:

  1. a)        Painéis solares => deve-se levar em consideração as grandes áreas para que seja possível a capitação de luz solar e consequentemente a fabricação da energia, assim como, o custo de armazenamento e das placas fotovoltaicas.
  2. b)        Geradores Eólicos => deve-se levar em consideração o local de melhor perfil para sua implantação, que possua ventos estáveis e unidirecionais. No Brasil, temos um parque eólico crescendo substancialmente no Nordeste, cerca de 30% nos últimos anos, porém o armazenamento e a distribuição da energia gerada, ainda é um empecilho técnico/ financeiro
  3. c)         Geotermia => permuta do potencial térmico da terra, em favor do ambiente a ser climatizado ou até mesmo para o resfriamento/ aquecimento de água de “consumo”. Podendo ser utilizada em qualquer tipo e tamanho de edificações a geotermia é utilizada como fonte geradora para uma climatização radiante, e é considerada uma das soluções mais eficientes. Porém, com seu alto custo de implantação, em comparação aos sistemas convencionais, a procura e especialização técnica para este conceito é lenta.

Outro grande impulsionador desta tendência NZEB é, sem dúvida, a evolução dos processos de automação predial. Quando falamos num projeto de automação NZEB, estimamos um custo adicional entre 30% a 40% em comparação a um projeto de automação convencional uma vez que deveremos dispor de uma quantidade maior de sensores e controladores, assim como haverá o uso de uma maior quantidade de engenharia e programação. Porém, os estudos apontam para o retorno deste investimento financeiro em até dois anos, graças às reduções operacionais e energéticas, assim como o atendimento completo à eficiência cognitiva dos usuários.

Para que o projeto tenha sucesso, a automação deverá ser analisada criteriosamente e é fator imprescindível, uma vez que diversos sistemas e instalações deverão trabalhar simultaneamente e de forma automática, como persianas motorizadas que abrem e fecham conforme a luminosidade; ar condicionado variável levando em consideração quantidade de ocupantes, máquinas, etc; iluminação conforme luminosidade do local interligados a sensores de presença e medição instantânea dos insumos.

Finalmente, o sistema de ar condicionado configura também um dos principais elementos para o sucesso do projeto NZEB. Por isso é primordial que se façam estudos e projetos minuciosos contemplando todos os aspectos climáticos, assim como a escolha do melhor sistema que atenda a usabilidade dos ocupantes com o menor desprendimento de energia elétrica. O uso de máquinas eficientes associado a arquitetura pensada em maior aproveitamento de ventos, sombreamento e geotermia, faz com que o projeto seja viável.

Ainda existem barreiras financeiras iniciais que contribuem significativamente para a manutenção do ritmo de escolha por obras sem a preocupação em eficiência energética e sua produção “limpa” de energia, mas o fato é que o processo já começou. Talvez ainda esteja ao alcance de poucos, assim como um dia foi o telefone celular, então considerado um artigo de luxo. Naquela época, para a maioria era comum o pensamento de que ter um deles era só um sonho. Hoje, o sonho se tornou real. Baseado neste exemplo, não é nenhum exagero dizer: “Sim, nós podemos ter edificações com consumo zero de energia”.

* Igor Nakamura é diretor da Viridi Technologies

Posted in Construção, EnergiaTagged construção sustentável, Energia, green building, Net Zero Energy Building

Navegação de Post

Livro mostra porque o BIM é realidade na construção
Furukawa lança linha de crédito de R$ 30 mil para provedores

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nossa newsletter

© 2019 InfraRoi | Todos os direitos reservados | desenvolvido por Criaturo